terça-feira, 3 de julho de 2012





Grudi, estimados seis anos, tem Aids felina. E precisa de transfusão de sangue a cada 15 dias, por causa do avanço da doença que provocou uma lesão na medula.

Ao contrário do que ocorre com cães, que contam com bancos de sangue consolidados e doadores fixos, não há estoque em hospitais veterinários para felinos. Por isso, a cada 15 dias, a secretária Adriana Laranjeiras, 34, dona de Grudi, vive uma angústia para conseguir doadores.

"A situação é crítica. Não falo em estoques baixos, mas da ausência do produto em São Paulo e região metropolitana", afirma a veterinária Ludmila Moroz, que trabalha no banco de sangue do Hospital Veterinário da USP.

Lá, são feitas em média 20 coletas de sangue canino por mês e há uma lista de 120 cães doadores fixos. Para gatos, o número de bolsas não passa de seis; o de doadores, de 20. O desconhecimento e o medo dos donos são apontados como razão para a baixa adesão ao banco felino. "O ideal seria, pelo menos, 70 gatos cadastrados", diz Ludmila.

Em situações de emergência, donos de gatos recorrem a grupos do Facebook, como "Cães e gatos salvam vidas doando sangue", com quase 500 membros. Foi lá que Liene Rodeguero, 24, uma protetora de animais, viu o apelo inusitado para o gato Elvis.

"Eu não sabia que era uma necessidade recorrente [o sangue]". Agora, dos 11 gatos dela, cinco estão cadastrados para doar. Elvis, portador de doença congênita, chegou a receber sangue, mas não resistiu à demora. A dona se emociona ao lembrar. "A dor é a mesma de quem tem um parente na espera por um órgão", conta Rosana Chequetti, 23.

Mais histórias reais:

Florzinha, Docinho e Edward são nossos gatos queridos e doadores de sangue salvando vidas dos nosso pacientes felinos. Filmamos e fotografamos nossa visita da tarde aos queridos bichanos hoje em sua casa.

Transfusão sanguínea é um procedimento realizado em pacientes críticos e que muitas vezes é necessário para salvar as vidas deles.

A perda sanguínea aguda, causada por extensas hemorragias (em conseqüência de trauma ou por contato com agentes tóxicos), destruição imunológica das células vermelhas do sangue e a diminuição da produção de células sanguíneas são situações nas quais a transfusão pode ser decisiva para uma boa evolução. Muitas vezes a transfusão é necessária no momento inicial da terapia, enquanto os fármacos começam a agir.

É um procedimento que deve ser acompanhado de perto pelo Médico Veterinário e portanto muitas vezes realizado em ambiente de internação.

Pode ser necessária sedação para uma coleta segura do sangue do doador, e cada gato pode doar entre 11 a 13ml/kg de peso.

Por não ser disponível no mercado bolsas de sangue do tamanho adequado, pelas características de armazenamento e freqüência de necessidade do procedimento geralmente não se tem estoque de sangue felino em hospitais e clínicas veterinários.

O principal grupo sanguíneo dos gatos é dividido em A, B e AB, sendo os gatos siameses mais freqüentemente do grupo A e os persas do B. As reações adversas causadas por uma transfusão são sérias, portanto é importante realizar sempre que possível a tipagem sanguínea e o teste de compatibilidade.

Os gatos doadores devem ser saudáveis, com o peso mínimo de 4,5kg e apresentarem resultado negativo para leucemia e AIDS felina, assim como nossos gatos!


Fontes: Folha Online/ petcare.com.br

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