quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Zeus, o cachorro mais alto do mundo.








Zeus, o cachorro mais alto do mundo.


por Stepahie D'Ornellas (para o Hypescience)

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A edição 2013 do Livro dos Recordes Guiness foi lançada na última quinta-feira. Entre os recordes mundiais que trocaram de dono, um passou às mãos (ou melhor, às patas) de Zeus.

Com quatro anos de idade, este pacato cachorro da raça dogue alemão atingiu a altura de 1,11 metro, dos pés aos ombros. Ele desbancou por apenas um centímetro o recordista anterior, o cão Giant George, que ficou para trás medindo 1,10 m.

Se este número não der a ideia completa de quão gigante é este cachorro (que vive no estado de Michigan, nos EUA), basta pensar que, apoiado nas patas traseiras, a altura passa para incríveis 2,23 metros. Isso torna Zeus muito mais alto que sua dona, Denise Doorlag, que tem alguns inconvenientes com esse tamanho todo.

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Para começar, Zeus precisa ser transportado em uma van se o percurso é longo demais para ir a pé; ele não cabe em um carro comum. O animal consome por dia 12 tigelas de comida, o que equivale a 13 quilos. Ele próprio pesa setenta, apesar da silhueta magricela.

Dá para ter uma ideia da sua altura ao ver a foto em que Zeus aparece bebendo água direto da pia da cozinha, sem precisar se apoiar nas patas traseiras. Se serve de consolo para Denise, ela pode economizar a tigelinha de água para colocar no chão. [Salon / Discovery News]



quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cortar o rabo de seu cachorro é uma péssima ideia.









Existem várias maneiras dos seres humanos compreenderem as intenções e sentimentos dos cães: através de seu latido, da maneira como inclinam a cabeça, do movimento de suas patas dianteiras, e, é claro, da abanação frenética de sua cauda.


A maioria dos proprietários de cães sabe ler seus companheiros caninos muito bem, graças a esses sinais. Não é nenhuma surpresa, portanto, que a prática de cortar a cauda de cães (caudotomia) tenha um efeito profundo sobre sua capacidade de se comunicar – e não só conosco, mas também (e principalmente) com outros cães.


Um estudo recente publicado na revista PLOS notou que a falta de uma cauda longa pode afetar seriamente a vida social de um cão.


Segundo a autora Emily Anthes, esse procedimento bárbaro de cortar vários centímetros da cauda de um cachorro, muitas vezes sem anestesia, pode também dificultar a sua capacidade de transmitir suas intenções para outros cães.


Anthes reviu uma pesquisa conduzida por biólogos da Universidade de Victoria, do Canadá, em que os cientistas procuraram por anomalias comportamentais potenciais causadas pelo comprimento da cauda de um cão.


Os pesquisadores usaram um cão robótico caracterizando ou uma cauda longa ou curta, e o expuseram a 492 cães em um parque.


Além do comprimento da cauda variável, o cão robótico foi feito para abanar a cauda ou mantê-la parada. Assim, há quatro diferentes condições em que o cão robótico foi apresentado a seus “colegas”: cauda curta parada, cauda curta abanando, cauda longa parada e cauda longa abanando.


Os pesquisadores documentaram e estudaram as várias maneiras que os cães sem coleira interagiram com o cão robô.


A primeira coisa que eles notaram foi que os cães menores quase sempre se aproximavam com cautela do cão robô. Já entre cães de tamanhos iguais ou maiores, diversos comportamentos interessantes surgiram.


Estes cães eram mais propensos a se aproximar do modelo robótico quando ele tinha uma cauda longa em movimento. Nesse caso, eles interagiram com o robô 91,4% do tempo.


Isso faz sentido porque a longa cauda era flexível: o movimento simulado pareceu se assemelhar ao de uma cauda balançando de um cão real. Este tipo de movimento solto é muitas vezes visto um convite para se aproximar, brincar; um sinal social de que o cão com a cauda abanando não é uma ameaça ao outro cão.


Por outro lado, um cão com a cauda perfeitamente parada não está emitindo esses óbvios sinais de “vem cá brincar”. Os cães de grande porte se aproximaram do cão robô com uma longa cauda parada com uma frequência significativamente menor: 74,4% do tempo.


Quando os pesquisadores trocaram a cauda longa pela curta, estas preferências desapareceram.


Cães grandes abordaram o robô de cauda curta abanando com quase a mesma frequência que abordaram o cão com a cauda imóvel (85,2% e 82,2% das vezes, respectivamente).


Isso sugere que os cães eram menos capazes de discriminar uma cauda que está sacudindo brincalhona de uma cauda parada quando a cauda é curta.


A conclusão do estudo é que os sinais transmitidos por diferenças em movimento são mais eficazmente transmitidos pelos cães quando sua cauda é longa.


Os cães de grande porte também foram duas vezes mais propensos a pausar enquanto se aproximavam do cão de cauda curta, talvez usando esse tempo para tentar decifrar se deviam continuar se aproximando.


Isso significa que os cães ficaram confusos sobre as intenções do cão robótico quando sua cauda era muito curta. Consequentemente, os cães que têm seus rabos cortados estão em uma situação similar – condição que provavelmente induz um estresse e incerteza significativos em suas vidas sociais.
Estética é mutilação


A caudotomia e outros procedimentos para modificar um cão por motivos estéticos, e não de saúde, não são recomendados.


Em 19 de março de 2008, o Conselho Federal de Medicina Veterinária do Brasil proibiu especialistas de realizarem cortes de orelhas para fins estéticos. A caudotomia ainda é possível, embora já seja banida em diversos países, como Áustria, Bélgica, Croácia, República Checa, Estônia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Holanda, Noruega, Polônia, Escócia, África do Sul, Suíça e outros.


Segundo Mário Marcondes, diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira, a cauda é uma “extensão” da coluna vertebral e é uma parte bastante sensível do corpo do animal, e qualquer corte estético é uma simples mutilação.


Embora o padrão de muitas raças recomende o corte (como rottweiler, por exemplo), a caudotomia não é obrigatória. Cães com cauda íntegra podem ter pedigree e participar de exposições do mesmo jeito.


Muitos proprietários já estão optando por não fazer a caudotomia, que é o correto, segundo Marcondes, já que devemos considerar o bem-estar do animal antes da estética, além do seu direito de se expressar e se comunicar naturalmente conosco e com a sua própria espécie.[io9, Caninest, R7]

Leia mais sobre caudotomia 




Fonte =http://hypescience.com

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Glaucoma em cães e gatos.











O Glaucoma é uma doença grave, de causa multifatorial, caracterizada pela elevação da pressão intra-ocular e pela morte de células da retina e do nervo óptico. É o maior desafio encontrado na oftalmologia veterinária, e também na humana, pois promove cegueira irreversível, sendo, portanto, considerado uma emergência oftálmica.

O humor aquoso (líquido de dentro do olho) é constantemente produzido e eliminado. Ele tem a função de “nutrir e limpar” o olho, além de manter a pressão constante dando forma ao olho. Qualquer situação que aumente a produção ou dificulte a drenagem do humor aquoso modifica a pressão intra-ocular e pode levar ao glaucoma.

Existem vários tipos de Glaucoma: congênitos (alterações de nascença geralmente em cães da raça Chiahuahua, Bouvier dês Flandres, Schnauzer Gigante, Cocker Spaniel e Samoieda), primários (aparecem sem ter tido doença ocular prévia e são ligados a algumas raças) e secundários (causados por inflamação, trauma, catarata, luxação da lente ou tumor intra-ocular).

Dos animais domésticos, o cão é o que mais apresenta glaucoma, pois existem várias raças com tendência a ter má-formação no “canal” que drena o humor aquoso. Por exemplo: Basset Hound, Beagle, Cocker Spaniel e Poodle, dentre outras. Em gatos a maioria dos casos de glaucoma são secundários à uveítes (inflamação intra-ocular), luxação da lente ou tumor intra-ocular, sendo o glaucoma primário dificilmente visto. Cavalos apresentam menos glaucoma do que cães e gatos e quando ocorre geralmente é secundário à uveíte recorrente eqüina. Parece haver uma predisposição em cavalos da raça Appaloosa (SLATTER, 2005).


Diagnóstico do Glaucoma
O diagnóstico é baseado na tonometria (avaliação da pressão intra-ocular) – Figura 1, na gonioscopia (avaliação do ângulo que drena o humor aquoso), na fundoscopia (exame do fundo do olho) e nos sinais clínicos (buftalmia – olho saltado-, olho vermelho, opacidade de córnea, pupila dilatada) - Figura 2 e 3. Em oftalmologia veterinária a principal forma de diagnóstico e controle do glaucomaé a tonometria e a fundoscopia onde podem ser detectadas alterações iniciais, pois não contamos com diversos exames realizados em oftalmologia humana, apesar de já estarmos avançando na área de ultra-sonografia e eletrorretinografia. Quando o paciente apresenta os sinais clínicos descritos acima já se encontra em um estado muito avançado da doença.

exame para diagnóstico do Glaucoma
Dra Fabiana verificando a pressão
intra-ocular de um cão através de tonometria de aplanação.


Cão com Glaucoma
Cão da raça Samoieda com glaucoma 
apresentando buftalmia (olhos saltados).




Tratamento do Glaucoma
O tratamento clínico é realizado com colírios que diminuem a formação do humor aquoso associados com outros que aumentam a drenagem. O tratamento cirúrgico tem a mesma finalidade, sendo os mais aceitos a ciclofotocoagulação a laser e os gonioimplantes (shunts – válvulas - de câmara anterior). Devido ao custo elevado e ao alto índice de complicações pós-operatórias, o tratamento cirúrgico é realizado ainda em nível experimental no Brasil.

Até o presente momento, o tratamento clínico/cirúrgico do glaucoma visa apenas o controle da pressão intra-ocular, reduzindo desta forma a dor do paciente. Em longo prazo, a cegueira é inevitável, pois apesar dos esforços, ainda não se encontra disponível nenhuma substância capaz de impedir a morte das células da retina (RIBEIRO; MARTINS; LAUS, 2006).

Fonte: oftalmologiaanimal.com.br



Referências:

MARTINS, Bianca da Costa; VICENTI, Felipe Antônio Mendes e LAUS, José Luiz. Síndrome glaucomatosa em cães: parte 1. Cienc. Rural [online]. 2006, vol.36, n.6, pp. 1952-1958. ISSN 0103-8478. doi: 10.1590/S0103-84782006000600049.
SLATTER, D. Glaucoma. In:______. Fundamentos de Oftalmologia Veterinária. 3.ed. Roca: São Paulo, 2005. p.405.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Catarata em cães e gatos




A catarata é uma doença oftálmica que pode atingir cães e gatos; explicando as suas principais consequências:

O que é a Catarata


A catarata é a opacificação das fibras ou da cápsula da lente. Pode ser originária de problemas congênitos, traumas, inflamações intra-oculares severas, diabetes, intoxicação por naftaleno ou dinitrofenol, pelo processo de envelhecimento (que deve ser diferenciado da esclerose da lente que ocorre em torno dos 8 anos em todos os cães) ou por um defeito hereditário recessivo, que é a causa mais comum.


A lente é uma estrutura biconvexa e transparente que, em seu estado normal, atua focalizando as imagens na retina, através do fenômeno conhecido como acomodação visual. O poder de acomodação no cão é pouco desenvolvido, cerca de 1 a 2 dioptrias (D), sendo que em um humano adulto jovem é cerca de 10 D. Com a idade as pessoas vão perdendo a amplitude de acomodação da lente, e aos 55 anos apresentam cerca de 1,5 D, ou seja, quando a imagem está perto o poder de focalização é semelhante ao de um cão.





Raças Predispostas para a Catarata


No cão, as principais raças predispostas ao desenvolvimento de cataratahereditária são: Poodle, Cocker Spaniel Americano e Inglês, Schnauzer miniatura, Golden e Labrador Retriever, West Highland White Terrier e Afghan Hound.

Catarata em Gatos


A catarata em gatos ocorre com menos freqüência e está relacionada principalmente com o envelhecimento, inflamações intra-oculares ou diabetes.
Catarata madura em cão da raça poodle (A) e catarata madura em gato da raça persa (B).


Causas da Catarata



Independente da causa da catarata quanto mais cedo for diagnosticada e tratada melhores são os resultados, pois não é apenas uma opacificação que leva à cegueira, é uma doença intra-ocular e deve ser tratada como tal. Entretanto, mesmo proprietários extremamente cuidadosos não conseguem perceber uma catarata inicial, pois o exame só é possível com a pupila dilatada, nesse caso é recomendável que seja feito por um oftalmologista veterinário.





A catarata pode ser causada por inflamação intra-ocular (uveíte), mas ela também causa inflamação quando as proteínas da lente se soltam, principalmente nas cataratas maduras. A uveíte não controlada causa dor e pode culminar em glaucoma, pois as células inflamatórias obstruem o ângulo que drena o líquido de dentro do olho (humor aquoso). Então imagine, é como se fosse uma “torneira aberta com o ralo entupido”.


Cão com sinais de uveíte e glaucoma
Cão com sinais de uveíte e glaucoma. Observe olho vermelho e edema de córnea.


Tratamento da Catarata


O tratamento da catarata é exclusivamente cirúrgico. Não existem comprovações científicas de que o tratamento clínico da catarata possa retardar o desenvolvimento da catarata canina e nos demais animais. Como a cirurgia é realizada por facoemulsificação (ultra-som) os melhores resultados são em cataratas imaturas, ou seja, bem iniciais. Mas cataratas maduras também podem ser operadas.


Outro ponto importante é que a catarata canina, não raro, está acompanhada de atrofia progressiva de retina, principalmente nas raças Poodle e Cocker. Por isso, sempre que o exame do fundo do olho não seja possível é indicada uma eletroretinografia em pacientes candidatos à cirurgia, pois se a retina está atrofiada, mesmo com a remoção da catarata o paciente não volta a enxergar. Mas então, se a retina está atrofiada a cirurgia não é indicada? Na verdade, como a catarata é uma doença ela deve ser removida, pois as suas complicações podem levar à perda do olho. A eletroretinografia serve para nos dar um prognóstico, ou seja, quais as chances do animal voltar a enxergar depois da cirurgia.

Prevenção


Não há como prevenir o aparecimento da catarata, mas podemos diminuir a sua incidência não reproduzindo animais afetados. As complicações sim podem ser prevenidas e quanto antes diagnosticarmos a catarata melhor. É importante uma avaliação oftálmica de rotina, principalmente nas raças predispostas. Mas não esqueça que as demais raças e nossos queridos amigos “vira-latas” não estão livres de alterações oftálmicas.


Fonte: oftalmologianimal.com.br



sábado, 26 de janeiro de 2013

Para beber água, gatos desafiam a gravidade.

Para beber água, gatos desafiam a gravidade.
por Maria Fernanda Ziegler, iG São Paulo



Estudo mostrou como felinos usam leis da gravidade e inércia para conseguir saciar sua sede







Todo dono de gato que se preze é capaz de ficar horas falando que seu bichinho de estimação é sabido, faz peripécias e é cheio de personalidade. Agora, eles vão ficar insuportáveis: engenheiros do MIT (Massachussetts Institute of Technology) comprovaram que o simples ato de beber água ou leite por parte dos felinos demonstra um total conhecimento de Física e mecânica de fluidos. O estudo foi publicado na edição desta semana do periódico científico Science.

Primeiro, é preciso explicar que os felinos têm as chamadas bochechas incompletas, onde a boca avança pela lateral da face e possibilita que muitos carnívoros tenham mais facilidade para matar ou capturar as suas presas. O ponto negativo disso é que gatos não podem sugar. E é exatamente com esta habilidade, que humanos, e outros animais, conseguem beber líquido numa garrafa, e até beijar.

Mas a análise de vídeos em câmera lenta pelos pesquisadores do MIT mostrou que os gatos elaboraram uma estratégia eficiente para não se lambuzar ou morrer de sede. Os pesquisadores do MIT observaram que a língua sai da boca do gato como um "J", onde a parte superior da língua é a única a tocar na água. Depois disto, o gato recolhe a língua para cima de volta à boca, de uma maneira muito rápida - aproximadamente 1 metro por segundo. Isto resulta na criação de uma coluna de líquido que é 'esticada' por inércia. Quando o gato fecha a boca, ele bebe parte desta coluna.

”O que é fantástico é que o gato sabe exatamente quando fechar a boca e repete o processo em uma frequência que aumenta o volume ingerido. Se ele esperasse mais uma fração de segundo, a gravidade faria com que a coluna se rompesse e a maior parte cairia novamente na tigela. É aqui que os gatos mostram claramente o seu 'profundo conhecimento' de física e mecânica de fluidos!”, disse ao iG Pedro Reis, autor do estudo.






A explicação física do processo envolve as leis da inércia e da gravidade. Reis esclarece que o movimento da língua induz um deslocamento vertical, para cima, da água e a coluna cresce em altura e diâmetro. “Na fase inicial, a inércia ganha da gravidade. No entanto, se o gato não fechasse a boca no instante correto, uma vez que a coluna crescesse muito, ela se tornaria pesada demais, se romperia e a maioria da água cairia de volta à tigela”, disse.

Neste ponto, os gatos ganham dos cães na batalha para saber qual animal é o mais sabichão. Com os cães, que também têm bochechas incompletas, as coisas acontecem de forma diferente. Para beber água, a língua sai da boca do animal na mesma forma de um "J" mas, ao contrário dos gatos, eles utilizam a parte inferior do "J" como uma colher. “Do ponto de vista de mecânica de fluidos, este processo é muito menos interessante”, disse.

Pergunta que nunca havia sido feita
O interesse no assunto surgiu a partir da observação de outro autor, Roman Stocker - que estuda no MIT a mecânica dos fluidos dos movimentos de microorganismos do oceano - do seu próprio gato, um dia durante café da manhã. O estudo, que não recebeu financiamento, durou três anos para descrever matematicamente o processo e pode ser aplicado em robôs que captem líquidos sem sucção. “Pode parecer uma questão óbvia e trivial, mas ninguém havia se perguntado antes como os gatos bebem. Aparentemente, o gato parecia lutar contra a gravidade para trazer a água para a sua boca. Mas a questão é como fazem isso”, disse Reis.

Para entender melhor a dinâmica de o gato beber água, a equipe de pesquisadores criou uma versão robótica da língua do gato que se move para cima e para baixo sobre uma tigela de água. “Há inúmeros processos no dia-a-dia que ainda percebemos muito mal, ou simplesmente não temos nenhuma ideia”.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cachorro Motorista.

por Natasha Romanzoti (http://hypescience.com)




A SPCA (Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais) em Auckland, na Nova Zelândia, cuida do bem-estar animal há mais de 127 anos. Sua missão é incentivar o tratamento humano de todos os animais e evitar a crueldade infligida sobre eles.


A instituição é tão incrível que tem milhares de projetos interessantes, incluindo um muito surpreendente – e divertido: ela emprestou três cãezinhos abandonados a treinadores experientes que os ensinaram a… dirigir.

Não, você não entendeu errado. Cães podem aprender a dirigir – e até dirigir melhor que alguns barbeiros que vemos por aí.

Quatro malucos foram responsáveis por treinar os três cachorros da SPCA. Com mais de 27 anos de experiência em treinamento de animais para cinema e TV, a equipe foi liderada por Mark Vette. Ele é psicólogo animal, e trata problemas de comportamento em animais. É consultor, professor e, recentemente, instrutor de condução.

Marie Manderson é a treinadora de Monty, um macho de 18 meses. Ela coordena muitos dos projetos de filmes de Vette e já treinou milhares de animais. Rosie Miles é a treinadora de Ginny, uma fêmea de um ano. Ela já treinou lobos, cavalos, águias, gatos e ratos.

Jazmin Vette-Dal Bello é a treinadora de Porter. Filha de Mark, Jazmin cresceu rodeada de animais, de aranhas a macacos, cavalos e cães. Recentemente, dedicou-se a transformar Porter, no vídeo abaixo, em um cão motorista.





O primeiro passo da equipe foi se entrosar com os animais. Cada treinador escolheu o cãozinho que ia ensinar a dirigir.

O segundo passo foi modificar os carros para os cachorros poderem dirigir. A MINI doou o MINI Cooper Countryman para que a SPCA pudesse provar a você o quão inteligente os cães realmente são. Os pedais foram colocados ao lado da direção, para garantir que os cãezinhos os alcançassem com suas patinhas. Tudo que pode ser simplificado, foi simplificado.

Em seguida, os treinadores usaram simuladores de direção para ensinar os cãezinhos. Uma direção, câmbio e pedais simulados foram apresentados aos animais que, quando faziam a coisa certa, recebiam agrados e comida.

O próximo passo foi fazê-los controlar um carrinho, usando os mesmos elementos (direção, câmbio e pedais) da simulação, e que, claro, também estão no carro modificado. Pronto! Depois que os cães mostraram saber o que estavam fazendo, puderam dirigir carros de verdade.

Adote um cão

Você pode adotar os cãezinhos inteligentes, se quiser. Um pouco difícil para quem não mora na Nova Zelândia, mas, ainda assim, não impossível.

A SPCA possui entre 50 e 100 cães inteligentes que procuram um lar amoroso, assim como Porter, Ginny e Monty. Nem todos podem dirigir MINIs (ainda), mas todos são muito fofinhos.

Na página do Driving Dogs (“cachorros motoristas”, em português), você pode saber mais sobre os três cães motoristas e seus treinadores, bem como aprender mais sobre o processo de ensiná-los a dirigir (tudo em inglês). E na seção “Adopt a smart dog”, você pode ver o perfil e a foto de todos os ultrafofos cães para adoção na SPCA.[SPCA, DrivingDogs]

terça-feira, 22 de janeiro de 2013




10 estranhas coisas que cães conseguem farejar.

por Cesar Grossman

Os cães, grandes amigos nossos, têm um olfato muito melhor que o humano. Como bons exploradores dos amigos, nós usamos este talento a nosso favor – não que isso seja de todo ruim para eles, já que tem coisa mais divertida para um cão do que sair por aí cheirando coisas? Confira uma lista das 10 coisas mais estranhas que os cães cheiram para nosso proveito:



10 – BACTÉRIAS
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Caso você não saiba, as abelhas estão morrendo, mas os cães estão aí para seu resgate! Desde os anos 1970, apicultores treinam cães para farejar colmeias doentes antes que elas consigam infectar enxames saudáveis.

Os cães conseguem descobrir se uma colmeia está saudável ou não sentindo o cheiro das bactérias que causam uma doença conhecida como “Loque Americana” ou “Cria Podre”. 100 colmeias podem ser inspecionadas em 45 minutos usando um cão, em vez dos dois dias que levaria para um humano fazer a mesma tarefa.

9 – DVDS
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Cães podem ser treinados para detectar o policarbonato do qual são feitos os DVDs, o que os torna uma ferramenta preciosa para combater a pirataria e contrabando de DVDs.

Na primeira vez que cães foram usados para isto, encontraram uma carga de DVDs piratas no valor de US$ 3 milhões (R$ 6 milhões). O sucesso dos cães foi tanto que os malásios responsáveis pela pirataria ofereceram um prêmio de US$ 30.000 (R$ 60.000) pela morte dos cães.

8 – VÍTIMAS DE AFOGAMENTO
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A polícia dos EUA usa com frequência cães para localizar os corpos de vítimas de afogamentos. Mas como um cão consegue sentir o cheiro de um corpo debaixo de toda aquela água?

O odor dos corpos é liberado na corrente aquática, e acaba escapando para o ar. Os cães, que podem trabalhar na margem, em um bote ou mesmo nadando, seguem este odor até o ponto em que ele é mais forte.

7 – EMBOSCADA E EQUIPAMENTOS VIETCONGUES
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Durante a Guerra do Vietnã, os militares americanos usaram cães farejadores para encontrar soldados inimigos. Não parece grande coisa, já que é sabido que os cães podem farejar humanos. Mas os cães também foram treinados para detectar túneis, armas e armadilhas, salvando a vida de centenas de soldados americanos.

O único problema é que, em um campo de guerra, latir é uma péssima ideia, já que dá ao inimigo a posição do cachorro. Os cães foram então treinados a sinalizar de forma alternativa o que eles encontravam. Alguns aprenderam a arrepiar os pelos da nuca, outros cruzavam as orelhas, e pelo menos um cão ficava em pé sobre as patas traseiras quando sentia o odor de algo mais sinistro.

6 – DIABETES
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Já vimos que os cães podem prever um ataque epilético. Eles também podem ser treinados para alertar seus proprietários diabéticos quando os níveis de açúcar no seu sangue caem a níveis perigosos.

Alguns deles conseguem até buscar um kit de insulina, no caso de um ataque de diabetes. Se eles tivessem polegares opositores, poderiam até preparar a injeção.

5 – FEZES DE BALEIA
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Cientistas, para monitorar a saúde e compreender os hábitos alimentares das baleias, têm que, entre outras coisas, examinar as fezes das mesmas. Só que tem um problema: os excrementos flutuam só por cerca de meia hora depois da baleia eliminá-los, o que torna necessário que os cientistas coloquem suas mãos nas fezes o quanto antes possível.

A solução foi treinar cães para detectá-las. E eles são bons: conseguem sentir o cheiro de fezes que estão a 1,6 km de distância, indicando aos cientistas para onde devem ir para achar seu tesouro. Para guiar os humanos interessados em fezes, o cão pode inclinar para a direita ou esquerda, ou então agitar sua orelha direita ou esquerda.

4 – PERCEVEJOS
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Com a popularização das viagens aéreas, um aumento quase apocalíptico de casos de infestações de percevejos está acontecendo. Mas por uma taxa módica, empresas de controle de pragas podem investigar uma casa usando um cachorro, permitindo que você saiba que tipos de problemas pode vir a ter se comprar uma nova propriedade.

E, segundo estudo feito na Universidade da Flórida (EUA), eles conseguem detectar um único inseto ou ovo vivos com uma precisão de 96%.

3 – MINÉRIOS
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O governo da Finlândia financiou um programa para ensinar cães a detectar valiosas rochas contendo sulfureto. Quando são partidas, elas liberam um odor semelhante ao de ovos podres, que os cães conseguem detectar facilmente.

Tão fácil que durante uma pesquisa um cão encontrou um depósito de “grande valor econômico”.

2 – OVULAÇÃO DE VACAS
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Hoje em dia, as vacas são engravidadas usando inseminação artificial. O sêmen, no entanto, costuma não ser barato, de forma que a pior coisa para um fazendeiro é tentarinseminar uma vaca quando ela não está no cio.

Para evitar o prejuízo e a conversa constrangedora com o banco, alguns fazendeiros usam cães especialmente treinados para detectar quando uma vaca está no cio – eles são tão bons nisto que conseguem distinguir o período antes mesmo dos touros.

1 – CÂNCER
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O olfato supersensível dos cães permite que eles sintam até mesmo o odor de células cancerígenas, que parecem ter um cheiro próprio. Em pacientes com câncer de pulmão ou de mamas, o odor do câncer aparece no hálito do paciente e pode ser detectado por cães treinados.[Listverse, Foto]

Fonte: Hipescience.com

domingo, 20 de janeiro de 2013











Alexandre Rossi  respondeu essas perguntas 

Por que os cães gostam de por a cabeça para fora da janela do carro?
Alexandre: “O carro não é vedado, portanto o cão é submetido a uma série de cheiros e estímulos em um passeio motorizado. O ato de colocar a cabeça para fora tem basicamente dois motivos: o cachorro é estimulado pelos milhares cheiros que o vento trás diretamente ao focinho e, além disso, a sensação de ‘vento no rosto’ é gostosa para o animal, já que a maioria dos cães sente muito calor”.


Boca aberta é sinal de sede sempre?
Alexandre: “Não, as pessoas se enganam muito. A maioria dos cachorros mantém a boca aberta para amenizar o calor que sentem e nem sempre estão com sede. Uma maneira de saber se o cão está com sede é perceber se ele se mantém muito ofegante. Se você colocar água ao lado do seu amigo e ele desprezar, não se preocupe. Se esse não for um hábito constante, ele apenas está com calor. Caso contrário, leve seu bicho a um veterinário”.


Por que os cães andam em círculos antes de deitar?
Alexandre: “Há algumas hipóteses para responder essa pergunta. Como o tato do cachorro está nas patas, ele circula a região antes de deitar para verificar se a superfície está livre de obstáculos que gerem desconforto. Alguns bichos cavam um pouco a grama para chegar perto da terra úmida e ter um ninho mais fresco para descansar. Além disso, eles procuram ao rodear, sentir a direção do vento, para deitar-se com o focinho virado para ele. Assim, se um intruso ou perigo se aproximar, o cachorro será acordado pelo cheiro em sua direção”.


Por que os cachorros se lambem e lambem uns aos outros?
Alexandre: “A lambida está ligada a um estímulo da pele, como se fosse uma massagem. Nos filhotes, por exemplo, se a mãe não lamber as partes genitais dos filhos para estimular a evacuação, eles acabam morrendo porque não fazem as necessidades. Em geral, a lambida do cão nele mesmo é uma automassagem. Quando o cão não pára de se lamber chegando inclusive a se ferir, trata-se de um comportamento compulsivo por estresse. Daí você deve levar seu bicho ao veterinário”.


Por que os cães enterram objetos?
Alexandre: “Algumas raças tem a característica comum de esconder comida para estocar. Cães caçadores, por exemplo, fazem isso de maneira constante. O ato de cavar também está associado a buscar algo pelo cheiro, por exemplo, procurar um osso enterrado por outro cachorro. Além disso, para eles cavar é muito divertido já que eles descobrem outros cheiros e novos seres como minhocas e formigas. Outros bichos ainda cavam para preparar o lugar para deitar”.


Por que cães perseguem gatos?
Alexandre: “O cão é um animal predador e o gato se comporta como uma presa perfeita já que o comportamento dele estimula o instinto de caça do cachorro. O cão adora esse comportamento do gato, que se arrepia quando o vê e tenta fugir. Entende isso como uma brincadeira e passa a registrar que é assim que deve ser, cachorro deve correr atrás de gato e pronto”.


Por que alguns cães correm atrás do próprio rabo?
Alexandre: “Correr atrás do rabo está ligado a um alívio de ansiedade. Quando o cão está muito ansioso procura algo para se divertir e essa atividade ocupa seu tempo. Portanto, não subestime a inteligência de seu amigo, ele não faz isso porque é bobo. Apenas quando essa ação é muito constante vira compulsivo, daí é necessário procurar um especialista”.





Outras dúvidas como as abaixo, foram retiradas do livro "Por que os Cães são Assim, de Tom Davis", editado no Brasil pela Publifolha. 


Por que cães adultos mastigam ossos, tapetes e móveis?
Mastigar itens proibidos é uma forma de chamar a atenção do dono. Para o cachorro é melhor se arriscar a receber uma bronca do que permanecer invisível. O fato de roer ossos é um instinto primitivo deles, já que se trata de uma maneira de limpar os dentes e manter as gengivas saudáveis.



Por que os cães insistem em dormir na cama com você?
Que ser não teria amor-próprio e iria preferir o chão gelado e duro a uma cama quente e macia e ainda do seu lado? Eles preferem porque depois que sentem o conforto disso, imaginam que aquele é um local privilegiado e portanto, seguro e repleto de amor, lugar em que de qualquer maneira, conseguem a atenção total do dono.


Por que os cães parecem entender nosso estado de espírito?
Os cães conhecem seus donos e são capazes de ler linguagem corporal e captar sutis inflexões de voz, maneira e conduta de maneira extraordinária. Os cães são muito empáticos, capazes não só de entrar em sintonia com nosso comprimento de onda emocional, mas de nos dar tudo o que precisamos: uma lambida, um carinho ou consolo.


Por que os cães adoram morder chinelos e sapatos?
Cães adoram morder, para eles é um exercício. Geralmente, chinelos e sapatos se encaixam perfeitamente na boca dos cachorros e são atrativos perfeitos visto que possuem cheiro tentador. Além disso, os sapatos são flexíveis e constituem o brinquedo perfeito ou a forma eleita de chamar a atenção do dono, como já dissemos anteriormente.


Por que os cães machos levantam a perna para urinar?
Simplesmente por dois motivos: eles levantam a pata para evitar que a urina escorra para a outra pata e procuram urinar o mais alto possível para marcar o território e anunciar a outros cães que ele esteve ali. Portanto, é verdade, o macho urina mais para demarcar seu espaço a outros, em uma competição entre meninos que é constante.



Por que os cães sobem na perna de visitas?
Esse é o modo que a natureza tem de prepará-los para o ato sexual, em outras palavras, só a prática leva à perfeição, e para os cachorros não é diferente. Algumas fêmeas costumam arquear a perna, quase que tentando determinar sua identidade sexual quando novinhas.





Fonte: bilbops.multiply.com
Alexandre Rossi
www.caocidadao.com.br
Tel.: 11 3571 8306

sábado, 19 de janeiro de 2013

















O Museu Estatal do Hermitage, em São Petersburgo, recruta gatos para defender suas obras de arte. Cada um dos felinos dispõe de um passaporte, com foto, que certifica sua idoneidade para levar a cabo esse árduo trabalho. Em geral, os guardiões de quatro patos passam despercebidos, pois vivem sobre os telhados ou nos sótãos dos prédios, longe dos olhares dos turistas. Mas, se não fosse a eficiência desses funcionários predadores de camundongos e ratazanas, a instituição certamente não seria o que é.

Os gatos têm servido ao Hermitage desde a sua fundação, em 1764. E ainda que seja fácil se livrar dos ratos hoje em dia, com a ajuda de produtos químicos específicos, os felinos já fazem parte da própria cultura do local. Esses animais foram integrados ao serviço público por Pedro, o Grande, no início do século XVIII, para tomar conta do palácio do tsar. Anos depois, a tsarina Izabel I ordenou o recrutamento de um exército de felinos provenientes de Kazan, a fim de exterminar os temíveis roedores que ocupavam a sua residência.

Sob o reinado de Cataria II, os bichanos obtiveram finalmente o status de guardas de palácio, e foram divididos entre gatos domésticos, descendentes da raça azul russa e de jardim, encarregados de fato da caça aos ratos.



Os animais “contratados” sobreviveram à Revolução de Outubro, em 1917, e continuaram seu trabalho durante a época soviética. Entretanto, não resistiram ao cerco de Leningrado, antigo nome de São Petersburgo, durante a II Guerra Mundial, pois acabaram sendo devorados pela população faminta. Sem a proteção dos bichanos, os ratos voltaram e se espalharam por várias partes da cidade. Terminada a guerra, porém, vagões de trem carregados de felinos foram despejados em São Petersburgo, que pôde então reestruturar seus esquadrões de exterminadores. A partir daí, até os anos 70, a população desses animais no Hermitage cresceu exponencialmente e a administração do espaço acabou tendo que se livrar deles.

Anos depois, percebendo que as obras do Museu não poderiam sobreviver sem a ajuda desses guardiões, eles foram chamados de volta. Hoje, os gatos do Hermitage são tratados como realezas locais, recebendo alimentação e todos os cuidados necessários para garantir o bom desempenho das suas tarefas. A população, agora controlada, nunca pode exceder o limite de 60 indivíduos, porque, se isso acontecer, os animais começam a lutar entre eles e acabam se descuidando dos seus trabalhos.

Assim, quando o número de gatos atinge o número máximo, funcionários do Museu se encarregam de encontrar famílias dispostas a adotar alguns desses valiosos protetores do Hermitage.




Fonte: diariodarussia.com.br

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


Carrapatos – como combater e controlar.



Com o aumento da temperatura, aumentam também as infestações de carrapatos. Estes parasitas de ‘oito pernas’, além de causarem grandes transtornos e desconforto, também transmitem doenças para os animais e para o homem.

Por isso, saber como combater carrapatos de forma eficaz é importante não apenas para garantir a saúde do seu cão, mas também a da sua família.

Os carrapatos são artrópodes da classe Arachnida, a mesma das aranhas, e tanto os machos quantos a fêmeas se alimentam de sangue (são hematófagos). Os carrapatos mais comuns nos cães são da espécieRhipicephalus sanguineus (conhecido como carrapato-vermelho-do-cão), porém o cão também pode ser parasitado acidentalmente por outras espécies, como o Amblyomma (carrapato estrela) encontrado em áreas rurais ou de mata. O ciclo de vida dos carrapatos, independentemente da espécie, possui três fases: larva, ninfa e adulto, onde cada fêmea pode colocar de 200 a 3000 ovos por dia.

Ao contrário do que parece, os carrapatos não ficam todo o tempo fixados ao animal. Para colocar os ovos e para fazerem as mudas, eles deixam o cão e vão para o ambiente. É comum ver carrapatos saírem do animal e subirem nas paredes ou para as pontas da grama e das plantas. Isto ocorre porque o carrapato do cão possui geotropismo negativo, ou seja, quando deixa o cão que estão parasitando sobem para locais mais altos, para encontrar e se fixar em um novo hospedeiro que esteja passando pelo local.

Os carrapatos causam diversos problemas ao animal enquanto se alimentam. Nos cães, causam coceira, incômodo, e também podem causar anemia e transmitir doenças que podem ser fatais, como a babesiose e a erliquiose, conhecidas como “doenças do carrapato”. Devido ao seu ciclo de vida, um único carrapato pode parasitar vários hospedeiros diferentes, entre animais e seres humanos. Isto aumenta as chances de transmissão de doenças, pois uma vez que ele se alimente do sangue de um animal infectado, transmitirá o agente etiológico da doença para os demais hospedeiros que irá parasitar. Além dos cães, os carrapatos podem transmitir agentes que causam doenças graves nos humanos, como a Febre Maculosa e a Doença de Lyme. A prevenção da infestação e o combate aos carrapatos são as melhores maneiras de impedir que essas doenças ocorram.


É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão

O uso de carrapaticida no ambiente e no cão são os principais métodos de controle. Existem no mercado diversos produtos eficientes para se combater carrapatos, uns para serem usados no cão e outros para serem usados no ambiente. Entre os produtos usados no cão há a ivermectina, a selamectina, o amitraz, os piretróides, o fipronil e outros. Quando a infestação é grande, pode ser necessário mais de uma aplicação do carrapaticida para matar todos os carrapatos. Nos casos de animais com pêlos longos, recomenda-se a tosa para facilitar o tratamento. É preciso cuidado na escolha e aplicação desses produtos e eles só devem ser usados sob prescrição e orientação do médico-veterinário, pois alguns deles podem causar intoxicação. No caso da ivermectina, seu uso é contra-indicado em algumas raças, como Collie, Pastor Alemão, Pastor de Shetland, Pastor Australiano, Setters, Old English Sheepdog e seus cruzamentos. Também é contra-indicado o uso da maioria dos carrapaticidas em filhotes, gestantes e fêmeas em lactação.

É imprescindível o uso de carrapaticida no ambiente onde vive o cão, principalmente dentro das casinhas, paredes, muros, portões e no chão, com atenção especial para as frestas que costumam abrigar grande número de carrapatos em diversos estágios do seu ciclo de vida. É necessário retirar o cão para aplicá-los no ambiente porque esses produtos podem causar intoxicação. As camas, cobertores e acessórios devem ser bem lavados para retirar qualquer carrapato que tenha se alojado. Se a infestação for grande, é necessário que o produto seja aplicado semanal ou quinzenalmente, para matar todos os carrapatos .

Para a prevenção, deve-se aplicar regularmente no cão um produto com boa ação residual (de 3 a 4 semanas), e/ou usar coleiras carrapaticidas. Impedir o acesso do cão a áreas onde existam cavalos, bois e animais silvestres é uma boa prática para evitar a infestação acidental por outras espécies de carrapatos. Se não for possível, aplique um carrapaticida no seu cachorro, antes ou depois do passeio. Lembre-se que o combate às infestações de carrapatos é um trabalho que exige paciência e persistência, podendo demorar semanas até que o problema resolvido e os carrapatos, eliminados.


Medidas preventivas para o controle de carrapatos

1 – Lavar com frequência os abrigos de anmais domésticos, passando desinfetante após a lavagem.

2 – Vistoriar com frequência os animais domésticos, principalmente quando estiverem inquietos e com muita coceira.

3 – Vedar frestas e buracos em pisos e paredes, principalmente, quando localizados nos abrigos de animais domésticos.

4 – Manter aparada a vegetação de jardins e quintais, não, não permitindo o crescimento de capim próximo às residências.

5 – Controlar os carrapatos dos animais domésticos com a orientação de um médico veterinário.

Tratamento I

Os carrapatos devem ser removidos o mais brevemente possível.



A remoção é realizada mais adequadamente com a aplicação de vaselina ou de uma outra substância que seja irritante para o carrapato ou por meio de sua torção lenta com o auxílio de uma pinça.
A cabeça do carrapato, que não pode ser retirada juntamente com o corpo, deve ser removida porque ela pode causar uma inflamação prolongada ou pode penetrar ainda mais nos tecidos.

A paralisia do carrapato não exige tratamento, mas quando a pessoa apresenta problemas respiratórios, a oxigenioterapia ou o suporte ventilatório pode ser necessário

As picadas do carrapato pajaroello devem ser lavadas e embebidas com uma solução antisséptica e, quando necessário, deve ser realizada a remoção da pele morta. Nos casos graves, os corticosteróides ajudam a reduzir a inflamação.
As infecções das lesões são comuns, mas, geralmente, elas podem ser curadas com uma pomada de antibiótico.


Procedimento

Muitos procedimentos, embora não recomendados, são ainda amplamente empregados como medidas visando retardar a coceira e ate a possivel febre.

Obs: Em caso de mal estar provocado por mordidas de carrapatos ou infestação, procure imediatamente um médico ou serviço de saude da sua região.
Carrapatos nos cães

Para r etirar os carrapatos dos cães: resista à tentação de simplesmente arrancar o carrapato pois, uma parte dele pode permanecer na pele e infeccionar o local.

Utilize algodão embebido em álcool, cânfora ou éter e aperte-o contra o carrapato.
Assim como nos humanos, estas substâncias podem entorpecer o carrapato e ele “desmaia”, facilitando a sua retirada.
Solução ecologica

Se seus animais de estimação estão infestados, lave-os bem com sabão e água morna.

Seque-os completamente e enxágue-os com uma solução preparada com meia xícara de alecrim colocada em água fervente e descansada por 20 minutos.

Espalhe a solução por todo o animal e deixe-o secar ao ar livre. Não use toalha.
Para prevenir infestações, acrescente levedura de cerveja e alho às refeições do seu animal de estimação.


fonte: Greenpeace Brasil
fonte:Merck
fonte: CVS







quinta-feira, 10 de janeiro de 2013







Cachorros e gatos de estimação exigem cuidados extras em dias de calor e de sol, afirmam veterinários.

O consumo de água, o tamanho dos pelos, o local onde o animal dorme, o uso de ventiladores, tudo deve ser bem observado pelos donos no verão.

Os passeios, no caso dos cães, devem ser feitos em horários em que o sol não esteja tão forte.

Uma orientação para evitar o sol é levar o pet para passear antes das 10h e após as 18h, afirma Maurício Duarte, médico veterinário do Hospital Cães e Gatos de Osasco, na Grande São Paulo.


"É importante ficar atento para o caso de cachorros de focinho curto, de raças como boxer, pug e bulldog. Eles têm mais dificuldade para trocar calor", afirma Duarte. Como os cães transpiram pelo focinho, em dias quentes animais com esta característica podem ter mais dificuldade para respirar, para suar e até para dormir, pondera o veterinário. "Cerca de 90% dos casos de insolação e de problemas relativos ao calor que atendemos ocorrem com estes cachorros."

Duarte orienta os donos de pets a evitarem ventilador incidindo diretamente no animal. "O proprietário faz isso com boa intenção, mas dependendo do cachorro, pode causar traqueíte", diz ele. A traqueite também é conhecida como "tosse canina" e é uma infecção das vias respiratórias.

Hidratação
Cães e gatos precisam beber mais água no verão, afirmam veterinários. No caso de passeios com cachorros, é bom oferecer a eles uma fonte de água a cada 15 ou 20 minutos, diz a médica veterinária Camilla Francisco, do pet shop Mercado Animal.

"Raças com peles mais sensíveis, como o pit bull, podem requerer passar um protetor solar antes dos passeios, mesmo nos horários com menos sol", afirma Camilla. Ela ressalta que a indicação é usar protetor solar comum, o mais neutro possível, sem cheiro e cor. Protetores solares específicos para animais não são muito fáceis de encontrar, portanto pode ser usado um protetor solar de marca convencional em separado para o cão, pondera a veterinária.

Duarte ressalta que protetor solar em cachorro deve ser passado nas orelhas, principalmente nas bordas, e no focinho. "São os locais mais afetados", diz ele. Com relação à exposição ao sol, a veterinária do Mercado Animal avalia que bichos com pelagem clara, pelos mais curtos e os albinos são os mais suscetíveis.

"Bull terrier, pit bull costumam ter pelos mais brancos, e já têm uma predisposição genética para ter dermatopatias [doenças de pele]", diz a especialista. Outras raças que exigem cuidados com o sol são dálmatas, lhasa apso e shiatzu, assinala Camilla.

Patas queimadas
O veterinário do Hospital Cães e Gatos ressalta ocorrerem casos de cachorros que chegam com queimaduras na planta das patas, o chamado "coxim", devido ao animal ter sido levado para passear por longos períodos em local com asfalto ou calçada em dia muito quente.

"Acontece com frequência. A gente orienta a levar o cachorro para uma área de grama, um parque", diz Duarte. Estes locais são melhores para o cão passear e ajudam a evitar que os animais sofram queimaduras.

"Existem botinhas que podem ser colocadas nas patas do cachorro, mas em geral eles não se acostumam. Acredito que o melhor é evitar [locais de asfalto]", pondera o veterinário.

Tanto Duarte quanto Camilla orientam os proprietários a não colocarem roupinhas em seus pets em dias de calor. "Tem muita gente que fala que é 'roupinha de verão', mas no verão eu sou contra. O melhor é deixar o animal sem a roupa", diz a veterinária do Mercado Animal.

Aparar a pelagem do cachorro também é importante no verão, afirma Duarte. "Para os cachorros peludos, a orientação é fazer tosa se possível", diz o veterinário.

"Outra coisa que acontece e é comum é o animal se jogar na piscina. Labrador, principalmente, se joga mesmo. Já pegamos animal afogado, com infecção no ouvido", ressalta Duarte. É preciso tomar cuidado nestes casos, considera o veterinário.

Cuidados com gatos
Os gatos em geral exigem menos cuidados porque não precisam ser levados para passear, afirma Camilla. "Eu deixaria a água corrente, em torneiras ou outras fontes, abertas por mais tempo do que o normal", diz ela, referindo-se à hidratação dos bichos.

Para fazer o animal beber mais água, uma dica é deixar duas ou três fontes de água corrente em casa, afirma o veterinário do Hospital Cães e Gatos. "Dobra a quantidade de água que ele toma, se deixar o líquido em movimento", afirma.

Fonte:www.tribunahoje.com