quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Dieta Crua para Gatos.






por Sylvia Angélico



Gatos podem comer os mesmos alimentos crus que os cães, apenas em porções menores e sempre frescos. Eles podem comer faisão, galinha, codorna, cordeiro, carne bovina, carne suína, peru, pato, peixe, carne caprina, coelho, rato, camundongo, ovos e miúdos diversos. Assim como fazemos com os cães, devemos tentar recriar a presa inteira que seu gato comeria na natureza. Isso significa ofertar carne, miúdos e purê de vegetais frescos. Para fazê-lo aprender a gostar de miúdos, vale passar neles um caldinho de sardinha em lata ou misturar com outra carne da preferência dele.

Quando for alimentar seu gato, lembre-se de que a comida precisa estar a) fresca, e b) morna. A maioria dos gatos não tolera alimentos congelados ou frios. Eles são comedores de carne fresca e, na natureza, podem detectar o frescor e qualidade da carne por sua temperatura. Carne fria é sinal de animal morto já há algum tempo e, portanto, de carne não fresca, possivelmente contaminada. A maneira mais fácil de descongelar ou aquecer pedaços de asa ou pescoço de frango é colocar essas peças dentro de um saco e deixá-lo boiando dentro de uma vasilha com água tépida/morna (não quente) por 10 minutos. NUNCA coloque um pedaço de carne com osso no microondas para descongelar! O poder do microondas é muitas vezes subestimado e a peça acaba sendo parcialmente cozida durante o processo de descongelamento se as pessoas não tomarem cuidado. Isso pode alterar a composição do osso e torná-lo perigoso para ingestão. Em segundo lugar, microondas geralmente esquentam os alimentos de forma irregular, o que pode resultar em carne com bolsões de calor intercalados com áreas geladas. Para felinos frescos isso pode fazê-los criar aversão por alimentos crus.

A maneira mais fácil de preparar a comida do seu gato é remover a porção do freezer na noite anterior, deixar descongelando na geladeira durante a noite e antes de servir aquecer levemente usando a vasilha de água morna que citei anteriormente. Enquanto espera a carne terminar de descongelar e aquecer, vá cuidar de alguma tarefa. Mas tome cuidado com os felinos mais impacientes. Alguns gatos podem ser atrevidos e pularem sobre a pia, agarrarem o saquinho com os dentes, arrastá-lo até o chão e rasgá-lo para tirar a carne de dentro.

Quantidade e freqüência

Filhotes devem ser alimentados em porções bem pequenas várias vezes ao dia. À medida que o gatinho cresce, espace as refeições até chegar a duas por dia. Você pode continuar alimentando seu gato duas vezes ao dia ou trocar para uma vez ao dia. Depende do seu gato e da sua preferência. Eu costumo alternar entre alimentar uma vez e alimentar duas vezes ao dia; depende do alimento que tenho disponível para o gato. Em alguns dias dou um pouco de coração e fígado bovino no café da manhã e no jantar dou uma asa de frango. Na maioria das vezes, contudo, somente alimento à noite.

Alimente gatos com uma quantidade de comida equivalente a 4-6% do seu peso corporal. Como a maioria dos gatos é de pequeno porte, essa quantidade tende a ser por volta de 200g ou menos. Costumo pensar na comida dos meus gatos em termos de quanto cabe de alimento em suas barriguinhas. Minha gata come por dia no máximo meio peito de frango com uma asa anexa. Essa peça é uma polegada maior do que a palma da minha mão aberta e é suficiente para deixar a barriga dela completamente cheia e até um pouco distendida. Ela come a maior parte de uma só vez e deixa um pedaço para comer mais tarde, daqui a uma hora.

Não ofereço essa quantidade todos os dias; tendo comido tudo isso, no dia seguinte ela receberá uma refeição menor – talvez uma coxa de frango ou uma porção de coração e fígado bovino.

O melhor a fazer é monitorar o peso e formato do corpo do gato. Se ele começar a parecer muito magro, com as costelas aparentes, aumente a quantidade de comida. Se estiver ficando meio roliço, diminua o volume das porções. Em pouco tempo, você descobrirá quanto seu gato precisa comer para se manter no peso ideal. Alguns gatos comem somente o que precisam, deixando o restante das refeições uma vez que estejam satisfeitos. Outros gatos, glutões, nunca deixam nada no prato. Esses últimos você precisará monitorar.

Onde alimentar e outras logísticas

Você pode alimentar o gato onde quiser. Na cozinha, em cima da máquina de lavar, no banheiro, no quintal, etc. Você pode alimentá-lo usando uma tigela – embora minha gata pegue a asa de frango para comer fora do prato. Minha preferência pessoal é alimentar sobre um tapete plástico (tipo um jogo americano) que separei somente para esse fim. Assim o gato arrasta a peça de carne com osso para essa plataforma. Isso evita que o chão fique sujo e torna o local da refeição de fácil limpeza. A vasilha dela é útil para mim. Uso-a para misturar um ovo para ela ou para servir um pouco de sardinha em lata de vez em quando. Já peguei minha gata tirando proveito da vasilha ao comer um meaty bone de formato inconveniente. Ela posiciona a peça de modo a deixar metade dela para fora e assim pode mastigar a parte que aponta para o ar, fora da vasilha. Mas, basicamente, onde você alimenta, que tipo de vasilha/pratinho/tigela você usa e os ingredientes oferecidos dependem de você e do gato.

Mantenha sempre água à disposição do seu gato. Você provavelmente notará que, comendo uma dieta natural, o gato beberá muito menos água do que antes. Isso é normal, já que a comida crua contém muita água. Troque a água diariamente.

Gatos difíceis

Recomendo a qualquer um que entre para a lista de discussão RawCat, do Yahoo e que visite o site www.rawfedcats.org para obter ótimas informações sobre alimentação crua para gatos. Alguns gatos podem ser notoriamente difíceis de trocar devido à sua natureza seletiva e também por estarem habituados à dieta anterior. Alguns gatos mais velhos preferem a alimentação antiga à carne crua, mesmo depois de estarem comendo a nova dieta há um tempo.

Gatos idosos

Trocar a dieta de gatos velhinhos pode ser complicado, dependendo do gato e de quanto tempo faz que ele vem comendo a dieta anterior. Mas há várias maneiras de tentar a troca.

Em primeiro lugar, se você criou seu gato com alimento à disposição o dia (e a noite) inteira, corte esse hábito imediatamente. Coloque seu gato em uma rotina de duas refeições por dia, oferecendo o alimento em dois horários apenas (por exemplo, de manhã e à noite) por 15 minutos. Comece diminuindo para três refeições por dia e depois corte para duas. Chacoalhe o pote no horário em que for oferecer a refeição e chame-o para que ele coma e não fique de estômago vazio esperando a próxima refeição. No começo ele poderá miar pedindo a volta a dieta anterior que ficava à disposição dele – mas resista. É muito mais fácil mudar a dieta de um gato com horários pré-determinados para comer.

Veja se seu gato aceita pedacinhos de peito de frango cru como petisco. Corte os pedacinhos bem pequenininhos, Se ele aceitar, ótimo. No dia seguinte você já pode começar com ele da maneira como ensinei para fazer com o gatinho filhote.

Se seu gato come pedaços de carne crua como petisco, mas não como refeição, talvez você precise oferecer a ele uma “refeição” de pedacinhos de frango cru primeiro e depois uma refeição com a dieta anterior. A medida que o gosto e a tolerância dele para alimentos crus aumentar, ofereça quantidades maiores de carne crua e diminua a quantidade de da dieta anterior. Logo, ofereça apenas carne crua em cada refeição, e parta para refeições com alimentos crus mais detalhados, tal como especifiquei para o filhote. É importante se livrar de qualquer traço da alimentação de antes (ex: pacotes) para que o gato não veja e nem sinta o cheiro e perca mais rápido possível qualquer vínculo com a alimentação de antes. Mantenha no armário uma ou duas latas de atum para caso o gato decida sair da dieta crua. Misturando um pouco de carne ou caldinho de atum, você ajuda a tornar os alimentos crus apetitosos novamente. Mas lembre-se de sempre manter uma certa quantidade de carne crua quando usar esse artifício.

Se o gato passar a rejeitar alimentos crus e não apresentar motivo óbvio para fazê-lo (por exemplo, resfriado, dor), passe a dar uma refeição ao invés de duas. Se ele não quiser a comida crua da próxima vez que você a oferecer, tente pingar um pouco de caldinho de atum. Se mesmo assim ele não quiser, tente misturar um pouco de atum com a carne crua. Se ele ainda não quiser comer e já fizer 24 horas desde a última refeição dele, você precisará comprar uma latinha de alimento comercial de boa qualidade a fim de que ele coma alguma coisa. Mas não dê somente esse alimento; junte a carne crua e misture tudo. Assim ele continua com a nutrição e a textura da comida fresca. Tente fazê-lo voltar para a dieta crua o mais depressa possível. Às vezes, basta mudar a fonte de proteína e pronto. Os gatos podem enjoar de frango e querer algo diferente.

Recusas

E se o seu gato não quer comer carne crua de jeito nenhum? Primeiro, mude seu gato para uma alimento úmido, de lata. Comece misturando um pouco deste produto da latinha à ração seca dele e depois vá reduzindo a quantidade de ração seca e aumentando o volume da outra, até que ele esteja comendo apenas a ração úmida. Depois, misture a comida úmida com a carne crua. Misture nela um pouco de peito de frango cortado, e gradativamente aumente a quantidade de comida crua até que o gato tenha somente frango cru para comer. Depois aumente o tamanho dos pedaços para que ele aprenda a comer um pedaço inteiro de frango cru. A partir desse momento, comece introduzindo gradativamente outras peças de frango, e talvez outras fontes de proteína, como carne suína e introduza um meaty bone. Você pode esmagar o meaty bone com um martelo para ajudar a quebrar um pouco os ossos no começo – assim pode ficar um pouco mais fácil para o gato.

Ossos

Alguns gatos repudiam ossos. Ossos são uma parte absolutamente necessária para uma dieta crua, pois proporcionam cálcio e outros minerais e ajudam na limpeza dos dentes. Osso moído ou pó de casca de ovo – assim como suplementos – podem oferecer cálcio aos gatos que se recusam a mastigar e ingerir ossos. Mas o ideal mesmo seria insistir para que o gato aprenda a comer meaty bones. De qualquer maneira, antes de oferecer ossos, verifique a boca do seu gato. Certifique-se de que não há dentes quebrados e sensibilizados pela dieta anterior.
As regras:
Gatos devem ser alimentados com uma variedade de carnes cruas e meaty bones. Oferecer apenas uma fonte de carne não é bom – o gato não obterá todos os nutrientes. Pedaços menos nobres, com tecido conjuntivo e um pouco de gordura são muito melhores do que carne pura.
Para cada 90 a 95 gramas de carne que você oferecer, acrescente de 5 a 10 gramas de purê de vegetais crus. Os gatos evitam comer vegetais a todo custo, mas você pode passar o purêzinho na carne de modo que o gato não terá como separá-la do resto e acabará comendo tudo junto.
Quantidade: ofereça quantidades próximas às que você oferecia de ração úmida ou 1.5 vezes o volume de ração seca que ele comia antes.
Ofereça asas de frango cruas uma ou duas vezes ao dia. Asas de frango cruas são facilmente mastigadas e digeridas. É muito improvável, mas não impossível, que os ossos fiquem presos no intestino. Se você não der ossos, contudo, os dentes do gato não serão limpos e ele com certeza precisará passar por uma cirurgia com anestesia geral para limpá-los.
Caso não se sinta seguro em oferecer ossos inteiros, peça para o açougueiro moer peças como asas de frango ou pescoço de frango. Essa opção, no entanto, não limpa os dentes.
Ofereça vísceras (rim, coração, pulmão ou fígado) uma vez por semana no lugar da carne. Lembre-se: na natureza, as presas abatidas contêm vísceras e carne. É uma parte necessária de uma dieta balanceada. Varie esses miúdos semanalmente.
Não ofereça cereais crus – apenas cozidos e, mesmo assim, evite-os.
Para fazer os purês, escolha quaisquer legumes ou verduras (folhas verdes são opções muito nutritivas), frutas e saladas e bata um ou dois desses itens no liquidificador. O importante é variar semanalmente. Bata até virar um purê, se necessário, acrescente um pouco de água para ficar mais líquido. Espalhe na carne na proporção de 9-9.5 de carne para 1-1.5 de purê.
Quebrando as regras


Se você não se sente bem oferecendo carne crua, tente cozinhá-la levemente com azeite de oliva.
Purês de vegetais duram 48 horas na geladeira, então se você decidir fazer os purês na hora, você precisará bater legumes para fazer purês três vezes por semana. Apenas se lembre que após a liquidificação, os purês perdem muito dos seus nutrientes. Para evitar ou mesmo minimizar essa perda, bata os purês e coloque-os nos espaços para gelo de uma bandeja de gelos vazia e ponha para congelar. Deste modo, você consegue tirar a quantidade que precisa todo dia.

Receios

Algumas autoridades estão preocupadas com a alimentação de gatos com carne crua. Eles afirmam, sem nenhuma boa justificativa, que esse hábito pode levar os gatos à infecção com patógenos transmissíveis às pessoas. Acredito que os gatos são capazes de lidar com um nível baixo de contaminação em seus alimentos. Acredito que eles podem comer alimentos crus sem impor maiores riscos à saúde humana. Até porque se um gato é regularmente alimentado com uma dieta crua, acredito que ele será mais saudável e melhor preparado para lidar com patógenos.

Dr. Nick Thompson – www.ukbarfclub.co.uk | Traduzido e adaptado por Sylvia Angélico

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Acupuntura em Cães.






por Milena do Yahoo Contributor Network




A acupuntura é um método terapêutico baseado no que é chamado de "energia da vida". Vinda da medicina tradicional chinesa, ela tem como meta restaurar a saúde através do equilíbrio da energia vital. É muito famosa por ser usada em seres humanos, para os mais diversos tratamentos. O que muitas pessoas não sabem é que a acupuntura também pode ser feita em animais.




Há diversos médicos veterinários que se especializam na técnica e a utilizam para melhorar a vida dos bichinhos. Nas sessões de acupuntura veterinária, determinados pontos do corpo do animal são estimulados através, principalmente, da inserção de agulhas. Segundo o médico veterinário Dr. Alexandre Eduardo Ribeiro, da "Hovet Animal Care - cirurgias, exames laboratoriais, acupuntura", essa técnica pode ser usada para quase tudo. "A acupuntura pode ser usada praticamente em todas as doenças, como único tratamento", explica.

Quando usar? 
Há vários casos de sucesso, na qual a acupuntura veterinária está diretamente ligada, pois é usada nos mais diferentes quadros clínicos. "Principalmente no controle da dor e problemas no aparelho locomotor ou coadjuvante, auxiliando tratamentos convencionais. Seu principal benefício é a ausência de efeitos colaterais e contra indicações, podendo assim ser aplicada em animais com restrições a tratamentos convencionais", relata Dr. Alexandre. "A acupuntura vem sendo utilizada associada a tratamentos convencionais em diversas doenças com muito sucesso. Um exemplo foi um caso de uma cadelinha, que tinha paralisia nos membros posteriores, devido à sequela de uma doença neurológica. Quando foi tratada com drogas convencionais e acupuntura, voltou a andar", completa o especialista.

Casa sessão do tratamento pode durar entre 20 e 40 minutos e a frequência delas varia de uma vez por semana a três vezes, de acordo com o caso. Os bichinhos que têm uma doença mais grave precisam, na maioria das vezes, de uma maior frequência de sessões. Quem irá determinar a gravidade e de quanto em quanto tempo deve ser feita, é o médico veterinário. No geral, os cães aceitam bem a aplicação da técnica e ficam quietinhos.

Os preço variam de acordo com o profissional, a cidade e a duração da sessão. Cada uma pode custar em média de R$ 60,00 a R$120,00.

Onde fazer? 
Há diversos centros de acupuntura veterinária, com profissionais especializados e aptos a aplicar a técnica, trazendo benefícios aos bichinhos. Uma ótima maneira de encontrar bons profissionais é conversando com o médico do cachorrinho e pedindo indicações de profissionais habilitados.

domingo, 24 de novembro de 2013

Diabetes: doença comum em cães e gatos.






Diabetes: doença comum em cães e gatos.
por Priscilla Merlino.

Em 14 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Diabetes, uma das doenças endócrinas mais frequentes em cães e gatos. O diagnóstico de diabetes em animais de estimação tem crescido nos últimos anos. A doença é uma deficiência hormonal que reduz a capacidade do sangue de metabolizar o açúcar.

Dois tipos de diabetes atingem os animais. O tipo I é o mais comum, atinge cerca de 90% dos animais, ocorre quando as células do pâncreas não produzem insulina suficiente, precisando de reposição diária do hormônio. Já o tipo II ocorre quando o corpo produz insulina, porém o corpo não utiliza corretamente o hormônio.

Yorkshire Terrier está entre as raças mais propensas a sofrer de diabetes (Foto: Shutterstock)

Os sintomas característicos da doença são os mesmos que aparecem nos humanos, como sede excessiva, aumento do volume de urina e incontinência urinária. Os cães com diabetes, apesar do aumento de apetite, também apresentam grande perda de peso. "O diabetes é uma doença silenciosa e que se não tratada adequadamente pode trazer diversas complicações para o animal. Quanto antes for descoberta a doença, melhor os resultados do tratamento", destaca a veterinária Valéria Correa, responsável técnica e gestora clínica do Grupo Pet Center Marginal. 


O diabetes é fator de risco para o desenvolvimento de diversas complicações, como infecções do trato urinário, do aparelho respiratório e catarata, que pode levar a perda total da visão.

As raças mais predispostas a sofrerem de diabetes são os Poodles, Dachshunds, Labradores, Golden Retrivers, Huskie Siberianos e Yorkshire Terriers, podendo, contudo, surgir também em outras raças ou raças mistas.

Obesidade é importante fator de risco para desenvolvimento da doença, que necessita de tratamento contínuo (Foto: Divulgação )
O diagnóstico da doença é confirmado com a realização de exames laboratoriais, como exame de sangue e de urina. "Em alguns casos o animal permanece internado durante 24 horas para um acompanhamento aprofundado do nível glicêmico, assim o veterinário testa a eficácia da dose de insulina que deve ser administrada para controlar o diabetes", diz Valeria.

O tratamento do diabetes tipo I em cachorros inclui a administração diária de insulina, dieta, programa de exercícios e controle de doenças simultâneas. Nos casos do diabetes tipo II não é necessária a aplicação de insulina, apenas o controle da alimentação e a prática de exercícios. "Hoje temos alimentos diet para animais e diversos medicamentos que garantem a qualidade de vida do cachorro diabético. É preciso, porém, muita atenção do dono para dar continuidade ao tratamento e levar sempre o animal ao veterinário, pois só o profissional poderá definir qualquer mudança no tratamento que está sendo aplicado", destaca Valéria.




Fonte: épocaglobo.com

Alimentação: Receitas Caseiras para gatos.








Alimentação: Receitas Caseiras para gatos.


A escolha da alimentação é sempre muito importante. Evite o uso de comida caseira. O melhor e dar ração, pois ela tem a quantidade de nutrientes que o gato precisa para levar uma vida saudável, além de evitar que seu gato suba nas mesas ou no fogão para pegar comida.

Evite o leite de vaca, pois pode dar diarréia, principalmente se ele ainda for filhotinho.

ATENÇÃO!
Ao optar por algum dos leites abaixo, evite ficar mudando o leite para evitar que o gato tenha problemas de digestão. Isso pode levá-lo a óbito.

Leite ideal para recém-nascidos:

- Leite pet próprio para recém nascido (Leite Pet)

- Leite para recém nascido (NAN 1 ou Nestrogeno 1)

Receita caseira para gatos recém nascidos:

ESSA RECEITA DEVE SER USADA APENAS SE VOCÊ REALMENTE NÃO TIVER CONDIÇÕES DE USAR UM DOS LEITES ACIMA.

SUBSTITUTO DO LEITE (SUSCEDÂNEO)

- 1 litro de leite com baixa lactose (a Betânea tem um longa vida)

- 2 colheres de creme de leite~

- 1 colher de açúcar

- 1 pitada de sal

Preparo

Bater a gema por 2 minutos, misturar com leite e levar ao fogo até ferver. Coloque o restante dos ingredientes, guarde em pote de vidro aberto na geladeira. (consumir em até 3 dias).

Em último caso:

- leite com menos lactose

- leite desnatado diluido em água

O substituto e as outras opções não costumam causar diarréia.

Escolha ração de filhotes para filhotes e de adultos para adultos, porque além de condizerem com as necessidades nutricionais, filhotes não conseguem comer a ração grande dos adultos.

Filhotes com dificuldade de adaptação à comida sólida devem tentar começar pela ração amolecida com água ou usar apenas ração em pasta(latinha).

Receita de ração caseira 1

Meio quilo de carne moída (ou peixe desfiado,ou frango desfiado)

Meio quilo da abóbora

Meio quilo de cenoura ou beterraba

Um molho de espinafre batido no liquidificador

Duas xícaras de arroz integral

Misture tudo e cozinhe bem até a abóbora ficar bem mole. Esta mistura não deve ser congelada e agüenta, em média, 3 dias na geladeira.

Receita caseira 2

- Cenoura e chuchu, cozidos e sem casca

- Peito de frango

- Couve

- Se você quiser, pode colocar um pouco de arroz

Passe tudo no liquidificador para formar uma papinha.

Essa receita é ótima e usada por vários criadores de gatos, serve também para recuperar animais debilitados.

A higiene do alimento

Todo gato tem sua própria freqüência de refeições, podendo chegar a várias vezes por dia, sempre divididas em pequenos volumes.

No sentido de respeitar o balanço nutricional das refeições prontas, é essencial não se adicionar nada. Os gatos organizam o espaço em que vivem dividindo-se em pequenas áreas: uma área de alimentação, uma de descanso e uma de higiene para eliminação dos dejetos. A localização das vasilhas de comida e água é muito importante.

Um alimento úmido e enlatado, se oxida no ar rapidamente, fazendo com que o gato perca seu interesse por ele. Para durabilidade é necessário protegê-lo da oxidação.

Dicas

Reforço – Os gatinhos com mais de dez anos tem, normalmente, sua capacidade digestiva diminuída, dificuldades para mastigar, perda de paladar e olfato. Eles precisam de uma alimentação mais mole e atraente, menos fósforos, proteínas de qualidade e boas doses de vitaminas C e E. Se bem cuidado o felino doméstico pode chegar aos 20 anos.

Intestino – Dê óleo mineral de 15 em 15 dias para o gato eliminar com facilidade as fezes e bolos de pêlo que se acumulam no intestino. O óleo mineral também deixa o pêlo mais brilhante e sedoso. Evite dar doces ao seu felino.(ISSO SÓ DEVE SER FEITO SE SEU GATO FOR MUITO PELUDO)

Filhotes – As gatinhas grávidas, ou em amamentação e os filhotes precisam de alimentação reforçada, ambos necessitam de mais cálcio e vitaminas.

Proteínas – O gato precisa ingerir proteínas para obter os aminoácidos essenciais ao seu crescimento, o bom funcionamento do sistema imunológico e a manutenção da saúde. A carência de aminoácidos como a taurina e a arginina podem provocar vômitos, cegueira e anomalias nos filhotes.

Fonte: http://upacfortaleza.wordpress.com

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vômitos em gatos.






Vômitos em gatos.






Todo tutor de gatos já se deparou com uma surpresa não muito agradável - o vômito - em alguns lugares também não muito comuns. Esta é uma queixa bastante recorrente, especialmente na clínica de felinos. Na maioria das vezes há raros episódios, com intervalos de tempo espaçados e que normalmente não têm muito significado clínico quando não estão acompanhados de outros sintomas. Porém, se seu bichano vomita pelo menos uma vez por semana, é necessário levá-lo ao veterinário para um check-up e tentar descobrir qual a causa deste sintoma. Observe qual o conteúdo do vômito e se há algum outro sintoma, como a perda do apetite, emagrecimento, diarreia e prostração.

Mahal Mabel – Ragdoll - 3 anos
Mahal Mabel – Ragdoll - 3 anos

Estamos falando aqui de ocorrências únicas diárias de vômitos, alternadas com grande espaço de tempo sem qualquer alteração (quadro crônico), e não quando seu gato começa a vomitar várias vezes em um mesmo dia (quadro agudo), pois neste caso você deverá levá-lo imediatamente ao veterinário, para que ele não desidrate.
Alguns animais, logo após se alimentarem, expelem o alimento ingerido. Isto é chamado de regurgitação, pois o conteúdo não chegou ao estômago e, normalmente, é eliminado com uma forma cilíndrica (forma do esôfago) e o alimento não está digerido. É comum, após a regurgitação, o gato ingerir este conteúdo novamente (eca! não se assuste, este é um comportamento normal). No caso do vômito, o animal elimina secreção gástrica, a consistência é mais aquosa e pode haver bile, possui um odor um tanto característico e o que foi ingerido por ele se encontra digerido.

A recorrência do vômito em gatos pode ter várias razões, pode não ter significado clínico, ou indicar ingestão excessiva de pelos, por falta de escovação ou por alteração comportamental (o gato arranca os pelos compulsivamente), ou, ainda, por problemas como alergia alimentar, gastrite, ingestão muito rápida de alimentos, lipidose hepática, obstrução intestinal e outros. Vamos comentar aqui as causas mais frequentes.

Pelos: a formação de bolas de pelo no estômago é a principal causa de vômito. Os gatos ingerem pelos ao se lamberem e, algumas vezes, esses pelos causam no estômago alterações na motilidade e irritação da mucosa gástrica (gastrite). A forma simples de se evitar ou minimizar o problema é a escovação diária, a favor e contra o sentido do pelo. Gatos de pelos longos apresentam mais problemas, mas os de pelos curtos padecem do mesmo mal. Além da escovação, há alguns produtos que ajudam o felino a expelir as bolas de pelo.

Alergia alimentar: mudanças súbitas na dieta, como a troca de ração, também podem desencadear vômitos. Observe se a ocorrência do problema está ligada a estas causas e converse com o veterinário. Existem rações hipoalergênicas no mercado (para animais sensíveis), que diminuem ou evitam a intolerância alimentar. Às vezes uma simples mudança de ração já resolve o problema.

Corpo estranho: devido à curiosidade dos gatos, existe a possibilidade de ingestão de objetos que podem obstruir o trato digestivo e ocasionar vômitos. O mais comum é a ingestão de corpos lineares (fios, linhas ou barbantes). Esta é uma condição séria, que requer intervenção cirúrgica, mas que pode se iniciar com vômitos esporádicos. Para o correto diagnóstico são necessários radiografias, ultrassonografia e um exame clínico apurado.


Existem outras causas de vômitos em gatos, como: parasitismo (vermes), pancreatite, distúrbios hepáticos, infecções, medicamentos, toxinas ou plantas. Se você se depara com vômito esporadicamente, mas o apetite, a atividade e o comportamento de seu animal são normais, não há necessidade de preocupação. Faz parte do nosso convívio com eles (embora não seja a parte mais agradável!), mas, se vem acontecendo com frequência, não hesite em contatar o veterinário. Esta é a atitude mais correta a ser tomada. Seu bichano agradece!

Patrícia Nuñez Bastos de Souza 
Médica veterinária
patriciaveterinaria@gmail.com

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O perigo dos petiscos para cães e gatos.









O perigo dos petiscos para cães e gatos.

por FERNANDA FRAGATA




Na última semana, o Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de comida e medicamentos dos Estados Unidos, divulgou que aproximadamente 580 pets morreram de doenças causadas por petiscos importados da China. Desde 2007, 3.600 cães de diversas idades e raças – além de 10 gatos – adoeceram após comerem petiscos chineses de carne processada. Os veterinários, em conjunto com o FDA, continuam investigando, porém ainda não concluíram qual a causa exata de tantos adoecimentos e óbitos. Sintomas relacionados a problemas renais e gastrintestinais são os mais relatados.

Desde janeiro de 2013, o número de mortes relacionadas aos petiscos chineses vem caindo pois as importadoras recolheram os produtos do mercado. Alguns sites divulgaram listas com produtos condenados.

Até o momento, não temos no Brasil relatos deste tipo de problema grave relacionado ao consumo de petiscos para cães e gatos. Entretanto, vale lembrar que para uma alimentação saudável os bichinhos não precisam ingerir petiscos e biscoitos. Estes devem ser oferecidos somente como agrado e esporadicamente. 

Não é raro animais apresentarem problemas gastrointestinais como vômito e diarreia ao ingerir porções maiores de petiscos, assim como ocorre com crianças que comem guloseimas em excesso. E, falando nisso, o dono de pet não pode esquecer que nossos amigos de quatro patas têm sensibilidade diferente da nossa, e, por este motivo, não devem nunca ganhar petiscos humanos como agrado. 

O excesso de sal encontrado na maioria dos salgadinhos, por exemplo, pode causar desde sede excessiva e aumento na produção de urina até vômitos, diarreia, depressão, tremores, febre e convulsões, podendo levar o animal à morte. Balas, doces e cremes dentais infantis podem conter uma substância chamada xilitol usada como adoçante em muitos produtos. Ela causa um aumento na liberação de insulina reduzindo muito o nível de açúcar no sangue, contribui para a elevação das enzimas do fígado e, em casos mais graves, pode levar à insuficiência hepática.

Os sinais iniciais de intoxicação incluem vômitos, apatia, perda de coordenação e até convulsões. Chocolate, café e produtos com cafeína possuem na fórmula as metilxantinas que, quando ingeridas por animais de estimação, podem causar vômitos e diarreia, respiração ofegante, sede excessiva, aumento da produção de urina, hiperatividade, arritmias, tremores, convulsões e também pode levar à morte. Bebidas alcoólicas, uvas passa, cebola, alho, noz do tipo macadamia, cerveja, abacate, entre outros petiscos humanos podem, da mesma forma, colocar a saúde dos pets em risco. Por isso, para a manutenção da saúde de seu animal, seja ele cão ou gato, escolha uma ração de boa qualidade, ofereça sempre água fresca e, a qualquer sinal de indisposição, consulte imediatamente o médico veterinário. 

(Fernanda Fragata é veterinária formada pela Universidade de São Paulo, é diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo. Escreve no site de ÉPOCA sobre saúde e comportamento animal às segundas-feiras)

domingo, 17 de novembro de 2013

Gamarra, um gato para não esquecer.









Gamarra, um gato para não esquecer.










Pois é, todos nós temos ou tivemos - ou ainda teremos - um animal que se tornará nosso companheiro para todas as horas. Aqui em casa não é diferente, já tivemos muitos animais e o tempo e a vida se encarregou de levá-los mas todos eles nos proporcionaram bons momentos.




O Gamarra não foi diferente; aliás ele foi sim diferente de muitos gatos; gostava de se aconchegar em qualquer colo. Mas não foi sempre assim. O encontramos numa garagem abandonada, ainda pequenino, creio que recém desmamado. Apenas ele sozinho sem nenhum outro e talvez por isso ele fosse tão arredio ao contato. Passamos a levar ração e água todos os dias e deixávamos por baixo da porta da tal garagem. Apenas quando nos afastávamos ele ousava chegar mais perto e então fazia a sua refeição. 




Mas ainda era um risco para o pequenino gato e por isso montamos guarda num final de tarde e finalmente o levamos para casa. Não foi fácil faze-lo se acostumar em casa: janelas cerradas e muita vigilância ao abrirem-se portas. Uma semana ou pouco mais e ele se acostumou. Acostumou-se também com o nome - Gamarra - uma homenagem ao zagueiro do Corinthians.




Do gato arredio nada restou e a transformação foi incrível. 




Oito anos depois em menos de uma semana perdeu muito peso e o diagnóstico, após exames laboratoriais e tomografia foi muito triste. Gamarra estava com um rim totalmente comprometido e o outro com pouco mais da metade em boas condições. Veja as dicas:

Com sintomas que só aparecem em estágios bem avançados, as doenças renais são frequentes entre os gatos. Não que os cães estejam imunes — de acordo com a veterinária nefrologista Mayana Sodré, a insuficiência renal é um mal típico do processo de envelhecimento dos animais. No entanto, diversos fatores fazem com que os felinos sejam mais suscetíveis a disfunções, congênitas ou não, no órgão responsável por filtrar o sangue. 

Até o hábito de beber água é muito mais natural para os cachorros. Os gatos evitam os líquidos e isso pode levar à cristalização de substâncias que deveriam ser excretadas no xixi, como cálcio. É assim que se formam os cálculos renais, pedrinhas que se alojam em qualquer parte do sistema urinário, e, a depender do tamanho, saem naturalmente com a urina ou, ao contrário, precisam ser retiradas com cirurgia. O veterinário Paulo César Tannus ressalta que muitos gatos só ingerem água fresca e/ou corrente. Isso limita a hidratação aos momentos em que os proprietários estão em casa para abrir uma torneira ou fornecer água nova. Os pet shops oferecem uma alternativa: vendem pequenas fontes elétricas, que, com uma bomba, fazem a água circular o tempo todo. 

Segundo Mayana Sodré, algumas raças apresentam tendência genética a ter rins policísticos, o que compromete o funcionamento do órgão. Entre animais, vômito, geralmente, é indício de retenção de ureia e creatinina no sangue. (fonte Blog mais bichos)


Gamarra, dois dia após estar 
internado


Gamarra tomando soro

Tudo bem, uma esperança apareceu e poderíamos prolongar a vida do Gamarra com paciência, dedicação e coragem. Sim, coragem para administrar-lhe - nós mesmos - dia sim, dia não soro de Ringer, alimenta-lo e desidrata-lo "na marra", até que ele voltasse a fazer isso tudo sozinho.




Não foi possível. A anemia aumentou, os níveis de creatinina subiram, mas ainda assim nova medicação poderia corrigir tudo isso: a primeira dose foi feita na quinta feira. Mas não houve tempo e na sexta-feira - 15/11 - sem alarde o Gamarra foi procurando um local adequado até encontra-lo e, em baixo do sofá morreu.




Creio que nunca nos acostumaremos com a morte: seja dos animais de casa -ou de qualquer ser humano - ; é sempre muito duro olhar para o sofá e não vê-lo. Sentar-se e imediatamente ter o Gamarra no colo? Nunca mais...

Nossos sinceros agradecimentos ao dr. Jefferson Cumerlato Gil da Clínica Veterinária do dr. Pedro (Av.Professor Francisco Morato, 1906 - tel 3721-6908 SP), que atendeu ao Gamarra com todo o carinho. 




Enfim... é o ciclo da vida. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Como seu cão ou gato enxerga o mundo?.



Como seu cão ou gato enxerga o mundo?.





Da redação com assessoria Escola de Veterinária/UFMG


Os cães e os gatos que temos hoje como animais de estimação possuem hábitos noturnos, e por isso, possuem os sentidos mais aguçados, que os tornam ótimos caçadores. Seus olhos são adaptados à visão noturna, o que lhes permite enxergar mesmo com baixa intensidade de luz. Apesar dessa capacidade, ao contrário dos humanos, eles não distinguem tão bem as cores.

De acordo com o professor Fernando Bretas, do departamento de clínica e cirurgia veterinárias da UFMG, todos os animais possuem três tipos de cones – estruturas responsáveis pela visão colorida –, que proporciona a percepção de cada tipo de luz responsável pela formação da imagem, ou seja, azul, verde e vermelha. Ainda segundo o professor, os três cones juntos são responsáveis pela tonalidade final da imagem e, nos cães e gatos, não existe a percepção da luz verde, bem como suas variantes. Por isso esses animais têm uma visão mais restrita do espectro de cores, tornando-o mais desbotado se comparado ao dos humanos.


Apesar de os animais de estimação captarem imagens com pouca definição, com menos matizes e precisão que os humanos, tanto o olfato quanto a audição são um diferencial, ajudam na percepção das coisas que acontecem ao redor. "Eles possuem uma visão noturna muitas vezes melhor que a do homem. Estima-se que o gato tenha uma capacidade de enxergar até 300 vezes melhor que a gente, com pouca luz”, explica Bretas. 

Limitações

"A sensibilidade ao movimento não é mais acentuada que a dos humanos. Cães e gatos são extremamente míopes, especialmente os felinos. Eles possuem uma visão de longe muito ruim, porém enxergam bem de perto. E, mesmo assim, os detalhes mais finos não são percebidos por esses animais", diz o professor, que é doutor em oftalmologia pela Faculdade de Medicina da UFMG, com ênfase em Oftalmologia Veterinária, Terapêutica e Cinotecnia.

A visão lateral, ou seja, capacidade de perceber movimento nas regiões periféricas dos olhos, varia de acordo com a espécie, e está relacionada ao hábito alimentar do animal. As presas têm ótima visão monocular, o que permite uma percepção de quase 360º. O cavalo, por exemplo, tem apenas 2% de área cega na periferia dos olhos. Já os predadores, que têm olhos localizados na região central da cara, o campo de visão binocular é maior, ou seja, enxerga, melhor o que acontece à sua frente, mas têm menor capacidade de perceber objetos nos cantos dos olhos. 

Os animais domésticos, e com descendência de predatores, os cães e os gatos, possuem, então, uma ótima visão binocular. Essa limitação visual, no entanto, não é um problema, já que os animais a compensam de outras formas, como, por exemplo, enxergar bem na penumbra e serem capazes de diferenciar tonalidades de cinza. 

Cuidados

É precido tomar cuidado com os animais de estimação, que também são propensos a doenças oftalmológicas. O professor e médico veterinário diz que um dos problemas mais comuns são as alterações de córnea, devido a traumatismo. "As doenças mais comuns são glaucoma, causada pela lesão do nervo óptico, catarata, que causa opacidade do cristalino, e uveíte, que é uma inflamação intraocular". 

“Em relação ao tratamento clínico, estamos quase equiparados ao que é feito aos humanos. Na parte cirúrgica ainda existe alguma dificuldade por falta de equipamentos. Especialmente no Brasil, não há estrutura adequada, o que configura um atraso para o tratamento desses animais", afirma Fernando Bretas.


Fonte: http://sites.uai.com.br

domingo, 10 de novembro de 2013

Gatos também escovam os dentes.



Gatos também escovam os dentes.

por Luna Normand




Você sabia que, assim como a saúde bucal do ser humano engloba uma série de cuidados, os pets também precisam de atenção quando o assunto é a boca? E não é só por causa do mau hálito, não. Muito além de problemas simples como o odor ruim, a correta higienização pode evitar infecções e doenças no fígado, rins e até no coração. 



Cães e gatos nascem com dentes de leite, que são trocados entre o quarto e o oitavo mês de vida pela dentição permanente. Esse processo é rápido e pode passar despercebido pelos seus donos. “Na maioria das vezes, não causa dor ou incômodo e, geralmente, eles engolem ou perdem o dente”, afirma o médico veterinário Luiz Fernando Lucas Ferreira, especialista em animais de pequeno porte e professor da PUC Minas. 



Enquanto os gatos têm cerca de 30 dentes, todos eles finos e afiados, os cães possuem aproximadamente 42 em idade adulta. Lucas diz que, ao longo da vida, dificilmente esses animais terão cárie, pois sua saliva possui pH alcalino, desfavorável para a ação das bactérias causadoras da cárie, que necessitam de ambientes ácidos. Por isso mesmo, segundo o veterinário, a grande vilã quando o assunto é a dentição dos pets são as chamadas doenças periodontais.



Elas acometem os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes, sendo a principal causa de desconforto entre cães e gatos e visitas de urgência nas clínicas veterinárias. 



Luiz Fernando explica que a causa, na maioria das vezes, está relacionada à falta de higiene. “O acúmulo de placa bacteriana contribui com a formação do cálculo dentário, o chamado tártaro. Se não eliminado, ele pode provocar gengivites e sangramentos, além de ocasionar a perda de dentes e agravar o mau hálito”, diz. 



E o descuido com a saúde bucal do pet vai além do desconforto social, podendo gerar problemas ainda mais sérios. Em excesso na boca, os micro-organismos podem se infiltrar na corrente sanguínea. “Quando absorvidas pelo sangue, as bactérias podem causar hepatite, infecções crônicas e irreversíveis, acometendo até órgãos como rins e coração”, garante.



Sintomas 


O mau hálito geralmente é o primeiro sinal que cães e gatos manifestam quando há algo errado com a boca. Mas o médico veterinário Luiz Fernando alerta para outros sintomas, como a diminuição do apetite e, consequentemente, da ingestão de alimentos. 



“O animal passa a querer só o alimento macio, fácil de mastigar. Ele também pode apresentar sangramento gengival associado à saliva”, diz.



Parte da prevenção ocorre dentro de casa, com a escovação diária ou, no mínimo, três vezes por semana. Para isso, o profissional indica uma pasta dental específica e uma escova de cerdas macias. “Existem também biscoitos e ossos de borracha que ajudam na limpeza dentária, mas eles só conseguem remover o tártaro superficial, localizado na parte externa do dente. Por isso, é fundamental escovar sempre os dentes”, garante. 



Outros tratamentos envolvem a raspagem do cálculo dentário, o polimento da superfície dentária dos animais e até a extração de dentes. Para evitar essas e outras intervenções, é importante realizar um check up anual do animal. “Exames de rotina, como sangue e fezes, a partir de um ano e meio, ajudam a manter o controle da saúde de cães e gatos e detectar qualquer problema associado à boca do animal”, aconselha o veterinário. 



Como escovar?


Para que a escovação não se torne um momento assustador para os pets, alguns cuidados são fundamentais:


Escova ideal: Utilize sempre escovas específicas para animais. As de dedo, com cerdas macias e anguladas, funcionam bem.


Opções: Deixe que o animal experimente a pasta de dente antes de iniciar a escovação. Há algumas boas opções no mercado com sabores de carne ou frango.


Periodicidade: A escovação deve ser realizada pelo menos três vezes na semana.


Posição: Ao escovar os dentes, alguns animais podem ficar ansiosos, estressados ou desconfiados. Por isso, é importante encontrar uma posição que deixe o pet confortável.


Movimento: Comece pelos dentes da frente até chegar aos de trás, sempre em movimentos circulares, formando um ângulo de 45 graus entre a escova e os dentes.


Descontração: Converse, acaricie e brinque com o animal. A escovação deve ficar marcada como uma experiência positiva para ele.


Atenção: Se você notar a presença de tártaro, inflamação da gengiva ou qualquer outra alteração, suspenda a escovação e procure um veterinário.

Fonte: http://www.otempo.com.br