domingo, 29 de dezembro de 2013

Viajando com seus pets.







Segundo o veterinário Rafael Almeida, com vários serviços prestados nesse segmento, o primeiro passo é providenciar o acompanhamento da saúde do pet para que seja feito um exame clínico detalhado, afim de detectar alguma doença que possa afetar o animal ou se agravar durante a viajem. 

Se for por terra, o indicado é acostumar o bicho a passear de carro, dando voltas pela vizinhança, por exemplo, para que se familiarize com o balanço e não enjoe na estrada. “Mas mesmo assim, caso o animal venha a enjoar, a gente lança mão de algumas medicações. São os antieméticos, como dramin e plasil, sempre meia hora antes da viagem, para evitar que o animal tenha enjoos e venha a vomitar seja no avião ou no carro”, indica Rafael Almeida.

Ainda com relação a viagens de carro, também são necessários cuidados com a alimentação. É aconselhável que a última refeição do animal seja leve e sempre três horas antes de pegar a estrada, para evitar enjoos e vômito. 

Conforto e segurança

Seja gente ou animal, todos querem conforto na hora de viajar. E existem regras claras quanto a isso nas companhias aéreas. E tudo gera custos. Para viagens aéreas, são requisitadas caixas de transporte, do tipo kennel. Em uma pet shop da cidade, o preço do acessório varia de R$615 (para animais de grande porte), R$250 (médio porte) e R$70 (pequeno porte). De acordo com o vendedor, a saída é grande. “O problema é as empresas aéreas darem a medida certa. Cada uma tem um tamanho diferente.”

Mas de acordo com o veterinário Rafael Almeida, as dúvidas maiores são quanto ao transporte aéreo. Algumas companhias restringem o número de animais transportados por voo e até mesmo a raça. Os braquicéfalos, aqueles com o focinho achatado, não estão sendo mais permitidos devido a supostos problemas de respiração e com a pressão da aeronave. 

Rafael adianta que algumas empresas não aceitam animais agressivos, agitados, que ladram muito. Há casos em que a sedação se faz necessária. “Quando vai para o compartimento de carga, já pode se usar os sedativos mais leves. São medicações pré-anestésicas, numa dose um pouquinho mais baixa, não a ponto de anestesiar o animal. A parte de sedar, eu já não concordo muito em fazer.” 

É preciso avaliar se vale a pena

Antes de decidir viajar de férias com seu cachorro ou gato, é preciso ponderar se vale mesmo a pena ou não. A passagem de seu pet, ao final, pode sair bem mais cara do que a sua, depende do trecho e do porte de seu bichano. 

Para se ter uma ideia dos custos, aquela gaiola onde acomoda-se cães ou gatos — conhecida com kennel ou contêiner pode chegar a R$600. 

Some-se a isso as taxas cobradas pelas companhias aéreas. Na Gol, por exemplo, para o transporte dos animais como bagagens despachadas (acima dos 30 kg), é cobrada uma taxa de R$ 90, mais o peso do kennel com o animal junto, multiplicado pelo valor correspondente a 1% da tarifa cheia do trecho a ser voado.

Nas demais, como a TAM, a regra segue mais ou menos por aí, com pequenas variações de porcentagens. É praxe, porém, a entrega de documentação do animal como certificado zoossanitário internacional, atestado de saúde, carteira de vacinação. Há alterações para voos internacionais.

Nem todas as raças são aceitas para embarque por serem mais suscetíveis aos efeitos de temperatura e de ventilação. Os chamados braquicefálicos, ou seja, com nariz achatado, são vetadas. Entre os cães estão o boxer, pug, buldogue, chow chow, lhasa apso, pequinês, shar-pei. E os gatos: burmês, himalaia e persa exótico. 

Todas as orientações estão sujeitas a alterações periódicas. Portanto, é preciso ligar para a companhia aérea na qual irá viajar e se certificar das orientações específicas para seu caso — e o do seu animal, é claro. 

“Digo que não muda nada com relação aos gatos”

Bate-papo: Rafael Almeida - veterinário

Há algum risco verdadeiramente mais sério para o animal em viagens mais longas?
Sim. Animais cardíacos, com a variação de pressão, o próprio susto, isso tudo pode ser um fator que prejudique na viajem principalmente animais mais velhos. Se são animais menores, procure companhias que permitam carregá-lo dentro da cabine. Caso contrário, de carro seria mais interessante; o risco seria menor. 

Há alguma restrição quanto à raça?
Eu já vi companhias aéreas vetarem animais com focinhos achatados. São os braquicéfalos, como os shih tzus, os lhasa apsos, os pugs. Parece que tiveram alguns incidentes. Particularmente, não vejo nenhuma diferença de um que tenha o focinho mais longo para um achatado, tenha mais risco ou não de viajar de avião. Não tem nenhum problema ao meu ver.

E com relação a gatos? Os procedimentos são iguais aos com cães?
Costumo dizer que não muda nada com os gatos em relação aos cães. Até por que os gatos são muito mais tranquilos para viajar. São as mesmas recomendações: caixa de transporte, começar a treinar um pouco mais esse animal.

Fonte: http://tribunadonorte.com.br

sábado, 21 de dezembro de 2013

Maconha intoxica cada vez mais cães nos EUA e pode levar à morte.






A legalização da maconha para fins medicinais nos Estados Unidos aumenta o número de registros de cães intoxicados pela droga.


Do site mulher.terra.com.br



Com cada vez mais estados onde o uso da maconha é permitida para fins medicinais, os Estados Unidos começam a enfrentar um problema bastante incomum até os dias de hoje: a intoxicação de cães pelo uso da droga.

Embora o uso e a venda da planta para uso terapêutico ainda seja proibido em grande parte do país, já é possível comprar a droga com a receita de um médico em locais como Califórnia, Colorado e Washington, sendo que os dois primeiros Estados citados são, justamente, os que mais registram casos de cachorros atendidos por complicações relacionadas ao uso da erva.



Segundo os médicos veterinários destas regiões, a maioria dos acidentes ocorre em função do descuido dos donos dos pets; que deixam biscoitos com a droga ou mesmo a própria planta em locais aos quais seus cães têm acesso, facilitando a ingestão acidental e provocando uma série de sintomas típicos de intoxicação que, se não tratados, podem, inclusive, levar o animal à morte.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Veterinary Emergency and Critical Care – publicação americana especializada na saúde animal – o registro de casos do tipo cresceu cerca de quatro vezes entre 2005 e 2010 no Colorado; sendo que, ao longo dos últimos anos, profissionais veterinários da região afirmam que há um paralelo claro entre o número de intoxicações de cães e a quantidade de novos pontos que disponibilizam a maconha medicinal. 



Entre os principais sinais apresentados pelos cães que comem a maconha, se destacam tremores, problemas de coordenação motora, vômitos, apatia, incontinência urinária, alteração dos batimentos cardíacos e pupilas dilatadas, entre outros.



Contando com uma taxa de mortalidade bastante pequena, a recomendação para tratar os casos de intoxicação de cães pela erva é a de deixar o animal em algum local com pouca luz até que os efeitos cessem. No entanto, casos mais graves e de ingestão muito grande da planta devem ser acompanhados por um profissional para garantir a saúde do pet.



Fonte: Dr. Fábio Toyota, Médico Veterinário (CRMV – SP 10.687), formado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Unesp, responsável pelo setor de Oncologia Médica e Cirúrgica no Hospital Veterinário Cães e Gatos 24h.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Por que os gatos não nos obedecem?

Por que os gatos não nos obedecem?

por diariodigital.sapo.pt

Saiba por que os gatos estão-se «nas tintas» para os donos
Um grupo de investigadores japoneses divulgou um estudo que sugere que os traços gerais de personalidade dos gatos remontam à sua evolução biológica ao longo dos tempos. A espécie nunca chegou a adaptar-se para obedecer aos humanos, ao contrário dos cães, domesticados desde há milhares de anos para seguir as ordens das pessoas.


O estudo realizado por Atsuko Saito e Kazutaka Shinozuka envolveu 20 gatos domésticos, numa experiência levada a cabo na casa de cada um dos animais.

Quando os donos estavam fora de casa, os investigadores puseram num gravador as vozes de desconhecidos a chamar pelo nome dos gatos, a par com a voz dos donos.

As conclusões mostraram que os felinos reagiram de modo diferente ao chamamento do seu dono, medindo o movimento das orelhas, da cabeça, da cauda, a vocalização (miar), a dilatação dos olhos e o fato de se deslocarem.

Ao ouvirem o seu nome, os gatos exibiram um comportamento que indicava uma reação ao chamamento. E apesar de essa reação ser mais significativa quando a voz era do seu dono, em ambos os casos os felinos recusaram mexer-se.

«Estes resultados mostram que os gatos não respondem ativamente ao comportamento comunicativo dos donos que os chamam, fora do seu campo de visão, apesar de serem capazes de distinguir as vozes dos donos», afirmaram os autores. «Esta relação entre gato-dono é o oposto ao caso dos cães», notou.

De acordo com a investigação, publicada no Animal Cognition journal, a razão para esta indiferença dos gatos remonta aos tempos em que a espécie começou a ser domesticada.

Segundo análises genéticas recentes, o mais comum antepassado do gato doméstico é o Felis silvestris, um gato selvagem que entrou em contacto com os humanos há cerca de 9.000 anos

Conforme as sociedades antigas desenvolveram a agricultura, estes felinos começaram a atacar os ratos que iam roubar os cereais aos granários. Os autores dizem que os gatos «auto-domesticaram-se».

«Em termos históricos, os gatos, ao contrário dos cães, não foram domesticados para obedecerem aos humanos. Em vez disso, eles parecem tomar a iniciativa na relação [gato-humano]», explicaram.

Os cães foram criados ao longo de milhares de anos para responderem aos comandos dos humanos. Mas os gatos nunca precisaram de aprender isso.

Os investigadores notaram ainda no estudo que, apesar das pessoas que têm cães acharem que os seus bichinhos são mais afetivos [do que os gatos], os donos de gatos não têm «menos amor» pelos seus animais domésticos do que os donos dos canídeos.

No entanto, está ainda por determinar quais são os aspectos do comportamento dos gatos que fazem os seus donos gostarem tanto deles, dizem os autores.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Uma padaria só para cães.


Uma padaria só para cães.
por Carolina Giovanelli - Veja São Paulo

Panetones com essência de ameixa: 6,80 reais





Em uma vitrine refrigerada, aparecem biscoitos, tortas, bolos e salgados de aparência bastante saborosa. Entretanto, pode guardar o apetite para mais tarde. Todos os petiscos fabricados na The Dog Bakery, no Cambuci, são voltados especialmente para cães.

Os humanos até podem experimentar, mas o gosto da maioria das coisas parece insosso para nossos padrões, algo similar a uma bolacha integral. O que mais tem apelo para o peludo é a essência da guloseima, que aguça seu faro. Como os gatos se mostram mais seletivos na hora de comer, é mais difícil que gostem do que é oferecido por ali. Mas, se quiser, você pode tentar fazer esse agrado para seu felino, não há contraindicações.



Todos os itens são feitos ali mesmo, com ingredientes especiais, que não prejudicam a saúde do animal. Mas vale lembrar que essas comidinhas devem ser dadas ocasionalmente, como um tipo de recompensa, pois não substituem os nutrientes da ração.







Há doze anos no mercado, o espaço reúne ainda um pet shop e um hospital veterinário (com outra unidade na Avenida 9 de Julho), esse segundo com administração diferente. O espaço da padaria em si se mostra bem singelo, mas organizado.

As mercadorias chegam à vitrine de terça a quinta, os melhores dias para se fazer compras por lá. Destacam-se no cardápio o sonho (4,30 reais), com massa de pão-de-ló e recheio de geleia de maçã ou banana, e os salgados árabes, como quibe e esfiha (4,30 reais, cada). Os bolos em formato de osso ou pata custam de 23 a 62 reais, dependendo do tamanho, e requerem encomenda. Demoram cerca de um dia para ficar prontos. Dá até para colocar o nome do dog em cima da massa para fazer uma graça em seu aniversário.

Para a época do Natal, a The Dog Bakery lançou panetones com essência de ameixa (6,80 reais), vendidos em embalagens bem bonitinhas. Ficam disponíveis até dia 24, quando o estabelecimento abre das 9h às 13h. No dia 25, estará fechada.

The Dog Bakery. Avenida Lacerda Franco, 92, Cambuci, São Paulo, 3399-2000. 9h/18h (seg. a sáb.).

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Gatos gigantes em apartamento.





Gatos gigantes em apartamento.

por Rodrigo Martins - do G1 Santos -


O maior gato da raça Maine Coon que o casal possui mede 1,1 metro (Foto: Rodrigo Martins/G1)



Muitas pessoas gostam de ter animais de estimação em casa. Para a maioria, a companhia, seja de um gato, de um cachorro ou de qualquer outro bicho, é sempre agradável. Mas há quem torne isso um hobby. Esse é o caso do engenheiro químico Hugo Cavalheiro. Ao lado de sua esposa, ele cuida de 14 gatos da raça Maine Coon, a maior da espécie, no seu apartamento em Santos, no litoral de São Paulo.




Esta é a única raça com uma associação especializada no Brasil, e a segunda mais criada no país. A Amacoon conta com 43 sócios e Hugo é o presidente da entidade.

A paixão do engenheiro pelos gatos se iniciou ainda muito cedo. “Desde criança, a minha família sempre teve animais, em especial gatos. Passei toda a minha infância convivendo com esses bichos. Depois de me tornar adulto e começar a namorar, não levei nenhum deles, pois minha mãe não deixou. Mas, como tinha um laço especial com o meu último gato, que se chamava Ted, um siamês sem pedigree, acabei indo atrás de um outro que tivesse o mesmo temperamento. E esse era o Maine Coon”, diz.

Segundo Hugo, cujo maior gato que possui mede 1,1 metro, esse tipo de gato é muito dócil e de fácil adaptação ao ambiente doméstico. “Se fôssemos compará-lo com um cão, ele seria parecido com o labrador. Tem um porte de médio para grande, mas com um temperamento muito receptivo às brincadeiras. É um animal muito tolerante com crianças, também. Outra característica é que ele adora água, brinca com ela. Além disso, interage bastante, te segue pela casa e você pode carregá-lo de um lado para o outro, que não se incomoda”, conta.



Hugo lembra que, a princípio, a sua intenção não era ter uma criação de gatos em casa, atividade à qual se dedica há oito anos. Porém, com o passar do tempo, o destino se encarregou disso.

Mas para que isso acontecesse, a sua esposa, Kleyne Andrade, designer de moda, precisava aprovar a iniciativa. Hugo Cavalheiro lembra que, no começo, ela resistiu à ideia mas, depois, acabou cedendo. “Antes de casar, quando a gente namorava, a minha esposa não conhecia o que era um gato. Mas era muito mais por conta daquela cultura intrínseca no povo brasileiro, de que gato é sinônimo de coisa ruim. Por isso, para não ter problemas quando eu fosse me casar, já que sabia que iria querer um, lhe dei um filhote de presente. Ela mudou de opinião, completamente. Acredito, aliás, que ela se dedica mais aos gatos do que eu, atualmente. Se tornou uma paixão para ela, não uma obrigação”, comenta.

A esposa do engenheiro químico, aliás, virou uma referência na área. “Ela está acima de mim na ordem da gatofilia. Hoje, ela é presidente da Federação Felina Brasileira (FFB). É responsável pela emissão de todos os pedigrees. Para reconhecerem os pedigrees dos gatos, os clubes filiados precisam de sua aprovação. Ela é a autoridade maior e acumula também a função de representante da Federação Internacional Felina (FIFe) no Brasil”, destaca.




Sobre a criação de gatos, Hugo ressalta que manter este tipo de hobby pode não ser uma tarefa simples. “Com cada bicho, por mês, você gasta mais ou menos R$ 50. Claro que se ele ficar doente é mais complicado. Aí, você pode gastar um pouco mais. Mensalmente eu desembolso, em média, R$ 700. Não é uma fonte de sustento, nem de perto. Se você for levá-lo em uma exposição, gasta com transporte e banhos específicos, por exemplo. Vira um vício. Um criador que quer competir, viajar, deve saber que isso tudo vai ter custos”, afirma.

Por esse motivo, o engenheiro pensa que as pessoas devem ponderar bastante antes de adquirir um gato ou iniciar um processo de criação da espécie. “Os amantes dos gatos, independentemente da raça que forem adquirir, precisam pesquisar antes. É uma decisão de grande responsabilidade. Além disso, você deve ter um ambiente que proporcione segurança ao animal. Um fator essencial é que o animal não tenha acesso à rua. É necessário dar boas condições médicas ao gato, uma ração de boa qualidade. Das 24 horas do dia, ele dorme a maior parte, fica em torno de seis horas acordado. Você deve ter pelo menos uma hora do dia para dar carinho ao animal e escolher uma raça que combine com você. Até porque, não dá para se arrepender depois, doar o animal ou abandoná-lo na rua. Não se deve comprar por impulso”, conclui.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Passaporte para o seu pet; agora é possível.












As regras para a emissão do passaporte brasileiro para cães e gatos foram publicadas na edição de sexta-feira (22/11) do Diário Oficial da União. O documento já havia sido criado em março de 2010, mas ainda faltava a definição de detalhes para a implantação — que segundo o texto ocorreria em 90 dias.




O documento vai poder substituir os atuais certificado sanitário internacional e atestado de saúde para trânsito de cães e gatos. Caberá ao dono decidir se prefere aderir ou não.

Antes de fazer o passaporte, o proprietário deve procurar um veterinário em estabelecimento especializado para implantar um microchip no animal para facilitar sua identificação em qualquer país. O objeto tem o tamanho de um grão de arroz e fica sob a pele do bicho.

O passaporte para trânsito de cães e gatos será emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e terá entre as informações obrigatórias o nome e endereço do dono do animal; a descrição do animal; nome, espécie, raça, sexo, pelagem e data estimada de nascimento; número de identificação eletrônica do animal (microchip); dados de vacinação e exame clínico fornecidos por médico veterinário.

A foto 5x7 do animal não será obrigatória. De acordo com o texto publicado, o passaporte, que será expedido nos idiomas português, inglês e espanhol, deverá ser usado em viagens a países que aceitam o documento e é "responsabilidade do proprietário do animal verificar, antes da viagem, a aceitação do Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos e as exigências sanitárias do país de destino do animal".

Poderão ter o passaporte os animais nascidos no Brasil ou nascidos no exterior e importados definitivamente para o Brasil; com pelo menos 90 dias de vida; que sejam criados por proprietários que moram no país; e que tenham sido examinados por veterinário.

Ainda segundo o texto do Diário Oficial, haverá uma ficha de requerimento a ser preenchida pelos donos de animais que queiram o documento, que deve ficar pronto em 30 dias úteis. O procedimento deve ser realizado em uma das unidades que serão indicadas no site do ministério.

Caso o animal mude de dono, deverá ser pedida uma nova versão do documento com a apresentação obrigatória do antigo.

Fonte: G1

domingo, 1 de dezembro de 2013

Gatos mostram sua capacidade de salvar vidas.














Gatos mostram sua capacidade de salvar vidas.
por Revista do CB - Correio Braziliense

Eles já nasceram livres, mas não escaparam dos mitos e superstições. Historicamente discriminados, os felinos conquistam o posto de animal de estimação de muitas famílias. Em 10 anos, a população de bichanos será igual à de cães nas casas brasileiras











“Gatos não são confiáveis.” “Gatos não gostam do dono, só se apegam à casa”. “Cruzar com gato preto dá azar.” “Cães e gatos não podem conviver.” Não são poucos nem novos os mitos — um tanto negativos — que cercam os felinos. Parte deles pode ser explicado pela história ou pela domesticação relativamente recente; outros, pelo temperamento dos bichanos. Dizer que o estigma está perto de acabar é um exagero, já que, ainda hoje, a cada sexta-feira 13, diversos gatos aparecem agredidos nos pontos de atendimento, segundo testemunha Christine Souza Martins, médica veterinária e professora da Universidade de Brasília. Apesar disso, é possível notar um fio puxado neste imenso novelo de maledicências: as pessoas estão se rendendo ao doce encanto dos bichanos.



Nem as crises de asma, controladas por medicamentos,
foram suficientes para afastar Camila Martins dos bichanos.
Só que ela confessa: antes de ter o primeiro, tinha preconceitos







O espírito livre deles, antes apontado como excesso, agora é característica ideal para quem tem pouco espaço e menos ainda tempo livre para se dedicar a cuidados com animais de estimação. “O gato é mais fácil de cuidar, fica mais tempo sozinho, não destrói a casa. É o animal ideal para quem tem menos tempo e, no período em que você está com ele, traz a mesma satisfação que qualquer outro pet”, explica Christine. Quanto ao espaço, se adaptam bem a apartamentos e também não fazem questão de passeios.


Esses são motivos apontados para o crescimento da escolha por gatos. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a população atual de gatos no Brasil é de, aproximadamente, 21,3 milhões, segundo dados de 2012. Em relação ao ano anterior, houve um crescimento de 8,19% no número de gatos domiciliados. Apesar de ainda serem mais numerosos, o aumento gradual de cães se mostrou menor, o que revela uma mudança positiva na relação entre humanos e gatos. José Edson Galvão de França, presidente-executivo da Abinpet, acrescenta que, de acordo com as previsões do órgão, em cerca de 10 anos a população felina deve se igualar à canina.




O aumento do apreço por gatos não se restringe ao Brasil. “Nos EUA, existem 5 milhões de gatos a mais do que cachorros, entre animais domiciliados, sem contar os que vivem nas ruas. É uma tendência mundial. Na Europa, também já existem mais gatos do que cachorros. Só não transparece muito porque os gatos vivem dentro de casa”, acrescenta a veterinária Christine.


Camila salvou um gatinho há seis anos: "Foi a melhor coisa que fiz na vida"


Esse movimento de urbanização e a verticalização das cidades permite que as pessoas conheçam melhor os gatos. Ou seja, não foram os gatos que se tornaram mais dóceis e companheiros, foram os humanos que, pouco a pouco, perceberam que os bichanos são, sim, animais que amam seus donos. Recente pesquisa da Universidade de Tóquio, no Japão, citada por José Edson Galvão, expôs gatos a voz dos donos e de estranhos. A conclusão? Quando ouviam a voz dos donos, eles mexiam as orelhas em direção ao som e suas pupilas se dilatavam, reações positivas, que indicam estímulos emocionais.

Uma grata surpresa
“Sempre tive preconceito, meu primeiro gato foi uma surpresa.” A frase da estudante Camila Martins, 20 anos, ilustra seu pensamento pelos bichanos antes de cair de amores por Chaminho. Acreditava que gatos eram antissociais e pouco confiáveis. Preferia os cães. Há seis anos, num dia chuvoso, percebeu um movimento estranho na rua. Era um filhote de gato, com apenas 1 dia de vida. Tinha uma ferida no pescoço e uma patinha bem machucada. Levou o bichano ao veterinário, pagou a conta e preparou-se para ir embora. Imaginava ter cumprido seu dever. 




A clínica, no entanto, disse que não podia ficar com o filhote. “Eu não podia fazer mais nada. Mesmo não sendo fã de gatos, levei para casa”, conta. A partir daí, adequou sua rotina para cuidar dele, o que incluía dar leite na boca, inclusive durante a madrugada. Como foi separado da mãe no nascimento, Camila teve de ensiná-lo a se limpar, simulando lambidas com um algodão úmido em água morna.

O inevitável aconteceu. A rotina de mamãe-gata mudou totalmente a forma de encarar os bichanos: “Hoje, acredito que os gatos são muito mais carinhosos do que os cachorros e mais inteligentes em vários sentidos”. Camila continua apaixonada por cães, mas se tornou capaz de entender a personalidade e a forma de demonstrar amor dos felinos.

Nem as crises de asma, controladas por medicamentos, foram suficientes para que ela se afastasse dos bichanos. Hoje, além de Chaminho, tem dois em casa, Gracinha e Curirim, e mais sete que vivem nas imediações do terreno. Cada um com suas peculiaridades, mas todos muitos sensíveis. “Eles ficam tristes e ressentidos quando não são tratados bem e oferecem carinho extra quando percebem que os donos estão precisando”, diz. 

Rosângela Ribeiro Gebara, gerente de Programas Veterinários da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), explica que isso se deve ao forte vínculo que os felinos criam com seus donos. “Os gatos são espécies menos gregárias que o cão, vivem de maneira mais isolada e independente, geralmente consideram o ser humano como igual, como um parceiro de convívio em meio social”, explica a veterinária.

Para Camila, a pouca adesão de voluntários para cuidar de gatos é preocupante. Aos que têm dúvidas, ela aconselha: “A melhor coisa que eu fiz na vida foi pegar esse gatinho. Antes, eu tinha muito preconceito, mas o gato dá tanto amor quanto o cachorro”.