domingo, 11 de março de 2018

O que acontece quando um cão fica sozinho em casa





por Matheus Gonçalves(*).




Poucos donos de cães gostam da ideia de deixarem seus animais de estimação sozinhos quando vão trabalhar. Mas a maioria de amantes de cães não fazem ideia de como seus animais lidam com o fato de serem deixados sozinho. Agora os cientistas revelaram que os cães passam até meia hora uivando, latindo e lamentando depois que seus donos os deixam sozinhos. E para alguns animais de estimação, o tormento dura horas.

Dois dos principais especialistas em comportamento canino revelaram à MailOnline como os cães reagem ao ficarem sozinhos. Os primeiros minutos de isolamento são os mais estressantes para um cão, de acordo com os pesquisadores.

Alice Potter, uma cientista que estuda animais de estimação no RSPCA, disse à MailOnline: “A reação de separação é iniciada logo após a partida do dono, normalmente começando dentro de 30 minutos, e muitas vezes dentro dos primeiros minutos.”

Os sinais comportamentais mais comuns relacionados à separação são comportamentos destrutivos, muitas vezes direcionados para a porta por onde o dono sai, vários tipos de vocalizações (uivos, latidos e choramingos), fezes e urina. Outros sinais menos frequentes incluem salivação excessiva, auto-mutilação, comportamento repetitivo e vômitos.

Os cães ficam mais estressados logo após você sair porque eles aprenderam a responder aos sinais de que você está indo, de acordo com a Dra. Emily Blackwell, uma especialista em relações homem-animal da Universidade de Bristol.

Ela disse ao MailOnline: 

“Os cães sabem quando seu dono está prestes a sair de casa – eles aprendem sobre as coisas que acontecem rotineiramente antes de sair, por exemplo, colocar as coisas em um saco, pegar chaves e colocar seus sapatos e casaco. Para alguns cães, essas ‘dicas’ serão um preditor de que algo ruim está prestes a acontecer e farão com que fiquem ansiosos. Para estes cães, dentro de 10 minutos após a saída do proprietário, a tendência é que mostrem sinais de ansiedade que podem incluir correr, choramingar, uivar, ou arranhar a porta".

As horas seguintes após ser deixado sozinho dependem da personalidade do seu cão. Cães que são predispostos a ficarem ansiosos podem passar horas correndo para cima e para baixo à espera de seus donos.

Segundo a Dra. Blackwell, 

“cães com problemas de separação tendem a não se acalmar por longos períodos de tempo, mesmo quando o proprietário está fora por várias horas. Normalmente, eles gastam menos de um minuto descansando antes de se levantarem e se movimentarem novamente, então seu descanso é muito perturbado e os cães muitas vezes podem estar cansados quando o proprietário volta para casa e só se acalmarem para dormir naquele momento.”

Ela acrescentou que os cães ansiosos uivam constantemente, apenas tomando pausas curtas para ouvirem se seu dono está voltando. A Dra. Potter disse que é quase impossível dizer se o seu cão é suscetível de ficar ansioso quando você sai de casa.

“Este é um problema escondido por sua natureza só acontece quando o dono está ausente”, disse ela.

A pesquisa anterior da universidade de Bristol mostrou que os cães de raça sofrem mais com a ansiedade da separação, e labradores e retrievers são particularmente suscetíveis. A Dra. Blackwell acrescentou que os cães jovens são mais propensos a ansiedade sem os seus donos.

“Quanto aos cães com problemas de separação, parece que o pico desta doença está em torno de dois anos de idade, mas os cães de qualquer idade podem sofrer”, disse ela. “Recomenda-se que todos os donos tentem filmar seus cães quando eles são deixados sozinhos de vez em quando, apenas para se certificar de que eles não estão mostrando um sinal ‘escondido’ de angústia, como tremer, correr ou choramingar.”

Potter disse que existem quatro passos simples que você pode seguir para ajudar seu cão lidar com sua ausência. “É importante não punir o seu cão se ele urinar ou ser destrutivo enquanto você está fora, isso pode deixá-lo mais ansioso por ser deixado sozinho e pode estragar o seu relacionamento”, acrescentou. “Seu cão será mais propenso a relaxar quando deixado sozinho, se ele fora alimentado e exercitado de antemão.”




(*)Matheus Gonçalves - Porto-alegrense de 21 anos e estudante de Administração na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também cursou alguns semestres de Engenharia de Energia. Profundamente interessado por ciência, filosofia e literatura, produz conteúdo para Climatologia Geográfica desde abril de 2013.

Fonte - climatologiageografica.com

sexta-feira, 2 de março de 2018

Humanos da Idade da Pedra já tratavam seus cachorros feito gente





por Ana Carolina Leonardi(*).

Pintura Rupestre


A trajetória evolutiva dos cachorros é mais ou menos bem resolvida: os antepassados dos lobos começaram a andar por perto de onde viviam os homens nômades, para se alimentar com facilidade dos restos que deixávamos para trás. Os que eram menos medrosos se aproximavam mais, comiam melhor, vivIam melhor e deixavam mais descendentes. Ao longo de 13 mil anos, nós domesticamos os bichos, trocando segurança e comida por…

Pelo quê mesmo?
Já éramos pais de pets há 14 mil anos: descobertas recentes mostram que o envolvimento emocional com os bichos já era altíssimo no Paleolítico.

A versão oficial dessa história afirma que, para os seres humanos de 14 mil anos atrás, os cães eram uma ferramenta importantíssima: percebem sinais que passam batido pelos nossos sentidos, protegendo os bandos humanos e auxiliando a caça.

Ainda segundo essa narrativa, a “função” do cachorro teria sido deformada pela modernidade aos poucos. Com a nossa mania atual de humanizar tudo, o bichos teriam ganhado roupa, creche, participação nas fotos de família – em resumo, um investimento emocional (e muitas vezes financeiro) altíssimo.

Uma nova descoberta vem mudar essa história – e argumentar que, em vez de uma ferramenta, os bichos já eram tratados como filhos e cuidados carinhosa e intensamente pelos humanos desde o início da domesticação, há 14 mil anos.

Uma tumba do Paleolítico descoberta há mais de um século em Bonn, na Alemanha, continha um par de humanos e um par de cães enterrados juntos. Isso a gente já sabia – e era bonitinho e quem sabe simbólico que eles tenham dividido a “morada final” com os pets. Mas só isso não explica muita coisa.

A novidade é que foi possível extrair e analisar um dente do cadáver do cachorro mais novinho, com a idade estimada em 7 meses. E a forma como ele morreu diz muito sobre a relação humano-cão da Idade da Pedra.

Isso porque, segundo as evidências biológicas encontradas no dente, aquele cão tinha um caso gravíssimo de cinomose. A exposição ao vírus é extremamente comum entre cachorros até hoje – mas as versões agressivas da doença atacam o organismo muito rapidamente e têm poucas chances de cura.

O filhote da Idade da Pedra teria contraído a doença com 3 ou 4 meses de idade – e em casos graves assim, a doença pode matar menos de 3 semanas.

A cinomose costuma progredir em três fases: na primeira semana, o cachorro tem febre alta, vômito e diarreia, não come, fica letárgico. Na segunda fase, chega a congestão nasal e, com o sistema imunológico debilitado, muitos cachorros desenvolvem pneumonia. É nessa fase que 90% dos animais morre. Na terceira e última etapa, a doença começa a causar convulsões.

Como sabemos pelas provas arqueológicas, o cão só morreu 4 meses depois de pegar cinomose. Ou seja: viveu cinco vezes mais do que seria esperado para o quadro.

Segundo os pesquisadores que fizeram a análise do dente, a única explicação possível para uma sobrevida desse tamanho seriam cuidados intensivos dos donos – que envolveriam não só limpar diarreia e vômito, mas dar comida e água na boca (para um cão com diarreia) e manter o animal suficientemente aquecido (ainda que ele pudesse vomitar a qualquer momento).

São os mesmos cuidados que exige um bebê doente – e não são tão estranhos para a nossa relação moderna com os peludos. Mas, se a relação entre humanos e cães tivesse começado tão pragmática quanto dizem, e o valor dos bichos estivesse associado exclusivamente à sua capacidade de guardar e caçar, simplesmente não faria sentido desperdiçar os escassos recursos da Idade da Pedra em um bicho doente.

“Enquanto estava doente, o cachorro não teria nenhum uso prático como animal de trabalho. Isso, somado ao fato de que ele foi enterrado com seus supostos donos, sugere que existia uma relação de cuidado especial entre humanos e cães há, pelos menos 14 mil anos”, resumem os autores da pesquisa.

Não temos como saber se essa era a regra, ou se esses donos eram especialmente apegados ao seu cachorro – e o resto dos humanos, não. Se esse for o caso, será que a discussão “Pais de pet são pais?” começou há 140 séculos?


Fonte - c/comportamento
(*) Ana Carolina Leonardi é colunista de superabril

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

As melhores raças de cães para crianças






por Equipe Linkanimal(*).





Um bom cachorro para criança tem um temperamento tranquilo, é dócil e se adapta bem à casas com bastante movimento. Embora seja importante olhar para as raças que foram criadas para ter essas características, é necessário também analisar a personalidade e o temperamento do indivíduo que você está trazendo para casa.

Além das características biológicas do animal, a maneira com que ele foi criado também determina se ele será um bom cachorro para criança. Por esse motivo, é necessário socializar o cachorro para que ele conviva bem com bebês e crianças de diversas idades.

O cachorro ideal para crianças é um que não se irrita facilmente, que é paciente e que se diverte passando horas brincando e convivendo com o seu pequeno dono. Essa interação, que é ótima para ambos, fortalece a saúde da criança, suas habilidades de leitura, seu desenvolvimento cognitivo e seu senso de responsabilidade.

Como exibido em livros e filmes que evidenciem a relação entre crianças e cães, o laço entre uma criança e seu cachorro pode ser um dos mais fortes na vida de uma pessoa. Para ter um convívio ideal, além da personalidade do cachorro, a disciplina e os exercícios físicos são elementos essenciais. Similarmente, a criança deve ser educada para respeitar os limites e as necessidades do cachorro. De modo geral, nenhum cachorro, independentemente da raça, deve interagir com uma criança sem supervisão.

Justamente por estar vinculado a fatores comportamentais, genéticos e também predisposições é que algumas raças de cachorro são mais recomendadas do que outras como pets em casas com crianças e bebês. Converse com amigos, conhecidos, donos das raças que você mais gosta, veterinários e criadores para escolher a raça mais recomendada para a sua família.

10 Raças de cachorros para crianças


1. BULDOGUE INGLÊS


A raça Buldogue Inglês possui um temperamento dócil, o que faz este tipo de cachorro ser um excelente companheiro e viver de maneira harmoniosa com crianças, seja em casa ou em apartamento. Apesar de ter um nível baixo de energia, eles são brincalhões.

A raça Buldogue Inglês exige bastante disciplina, principalmente no convívio com crianças, pois os cães são naturalmente protetores e podem ser brutos. Sendo assim, é importante que eles sejam acostumados com novas pessoas e treinados a respeitar os comandos dos donos, desde filhotes.

Há bastante variação em personalidade, saúde e outras características dentre os diversos cães da raça por conta da recente popularidade e consequente produção excessiva dos cães. Como para todas as raças, donos devem garantir que esses cães foram criados de forma consciente e responsável, prezando a saúde e os aspectos comportamentais da raça. Mas quando bem treinados e socializados, o Buldogue Inglês pode ser considerado um dos melhores cachorros para criança.

Essa raça não é só apaixonante para as crianças, mas para os adultos também. Não é raro um dono de buldogue acabar com itens como esse em sua casa.

2. BEAGLE


Se você procura um cachorro de temperamento agitado e brincalhão para crescer com seus filhos, o Beagle tende a ser uma ótima opção. A raça não dispensa boas brincadeiras e passeios e pode se tornar uma companhia boa para crianças.

Vale notar que, além de protetora, essa raça é bastante ativa e não se dá bem sozinha por longos períodos de tempo. Portanto, ela é uma raça de cachorro para crianças que passam bastante tempo em casa ou para famílias que têm mais de um filho.

Por ser bastante ativo, o Beagle pode se tornar destruidor quando fica em casa por longos períodos de tempo sem ter o que fazer. Por esse motivo, é necessário deixar a sua casa cheia de distrações para o seu Beagle. Um alimentador interativo, como esse, é barato e ajuda a cansar o seu cachorro. Além disso, é importante deixar bastante brinquedos para ele morder. Sem brinquedos para cachorros, é possível que o seu Beagle opte por brincar com a porta, móveis e outros itens da sua casa. Além de curioso e brincalhão, o Beagle também é uma raça que adora farejar. Por isso, brinquedos com petiscos, como esse da marca Kong, podem ser uma boa opção.

3. BULL TERRIER


O apelido dessa raça em inglês, traduzido em “a criança na roupa de um cachorro” já fala bastante sobre a sua personalidade. Ele é um bom cachorro para criança, desde que a disciplina e os limites sejam reforçados pelos donos e ele receba exercícios físicos diários.

Por serem animais fortes, o Bull Terrier não é recomendado para crianças menores e tende a se dar bem com crianças mais velhas. De modo geral, além de inteligente, amigável e calma, a raça também é paciente com crianças e tolera as brincadeiras infantis. Nesse sentido, o alto nível energético é um fator positivo da raça, principalmente quando se considera que ela tolera várias horas de brincadeiras sem se cansar.

Cachorros dessa raça são fortes e precisam de bastante disciplina. Como para qualquer animal de qualquer raça, analise as características da sua família e conversa com o seu criador e veterinário para ver qual raça é ideal para você.

4. COLLIE


É muito comum associar o Collie à personagem Lassie. E não é por menos, essa raça de cachorro, assim como na história do filme, é apegada e amorosa com a sua família.

Por ser uma raça de pastoreio, o Collie lida bem com treinamentos, comandos, afazeres e, é claro, brincadeiras. A raça realmente pode ser um incentivo positivo ao comportamento das crianças, uma vez que poderá ensinar noções de responsabilidade e afeto.

5. POODLE


De uma forma geral, os Poodles são uma boa indicação para famílias com crianças, com excessão apenas para as versões toys que são mais delicadas e não recomendáveis para os pequenos. Os exemplares dessa raça são gentis, inteligentes, ativos e adoram brincar. Além disso, podem ser uma boa companhia para crianças que sofrem com alergias, uma vez que o Poodle não solta pelo.

6. LABRADOR RETRIEVER

Os Labradores são uma das raças de cachorro mais conhecidas pelo mundo por serem uma das escolhas mais populares de cachorro para criança. Indicado para qualquer idade, os Labradores são protetores, inteligentes, confiáveis, ativos e verdadeiramente apaixonados por seus donos. Além disso, a raça adora brincar e é bastante predisposta a aprender novos truques.

Vale notar que donos interessados em cães dessa raça precisam reforçar a disciplina e o exercício físico diário. Cachorros que não fazem o nível de exercício diário recomendado podem engordar, além de direcionar a sua energia a comportamentos indesejáveis, como latir e roer.

Os Labradores são conhecidos por roer e brincar com diversos objetos proibidos da casa. Portanto, precisam de bastante exercícios diários, estímulos mentais e brinquedos. Embora nenhum brinquedo seja indestrutível, os brinquedos dessa marca tendem a aguentar um pouquinho mais as brincadeiras de um labrador.

7. GOLDEN RETRIEVER

Assim como os seus primos Labradores, os Golden Retrievers são sociáveis, trabalhadores, inteligentes e tolerantes. O alto grau energético e a inteligência da raça torna o Golden um dos melhores cachorros para criança, especialmente àquelas que gostam de brincadeiras com água, já que os Goldens são uma das raças de cachorro que amam água.

O Golden Retriever é uma raça que precisa conviver em matilha. Portanto, ele é indicado para famílias ativas e que passam bastante tempo em casa.

8. PUG

Por ser pequeno, não latir e não necessitar muitos exercícios físicos, o Pug é uma raça ideal para apartamentos. Quando treinado e socializado a conviver com crianças, o pug também se torna um bom cachorro para criança.

Vale notar que o Pug tem um temperamento feliz e carinhoso, mas por ser teimoso, pode ser um pouco mais difícil de treinar. Similarmente, ele apresenta alguns problemas de respiração e saúde.

9. SHIH TZU


O que faz o Shih Tzu um cachorro ideal para crianças é o fato dele ser amigável, carinhoso e altamente adaptável. Ele não somente se dá bem com crianças e novas pessoas, mas tende a conviver harmoniosamente com outros animais.

Donos que optam pelo Shih Tzu precisam educar as suas crianças sobre a fragilidade da raça. Cães dessa raça são comumente machucados por crianças que gostam de brincar de forma bruta.

10. VIZLA

O Vizla é indicado para famílias que possuem crianças agitadas. A raça é gentil, leal, calma e afetuosa. No entanto, exige bastante atividades físicas.

Por esse motivo, e por ser um cão de trabalho, donos com Vizlas precisam oferecer exercícios físicos e mentais diariamente para manter um cachorro equilibrado e feliz em casa.

11. VIRA-LATA


Além das raças mencionadas acima, o vira-lata é uma das escolhas favoritas e se tornam ótimos cachorros para crianças. Quando socializados para conviver com crianças, esses cachorros se tornam ótimos “irmãos,” acompanhando os seus pequenos donos na hora de brincar, assistir televisão e até dormir.


(*).linkanimal.com.br

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Coisas que você acha que seu cão gosta, mas...












por meusanimais.com.br.

Costumamos tratar nossos animais de estimação como se fossem pessoas. Embora eles adorem muitas de nossas atitudes, de outras eles não gostam mesmo. Neste artigo, contamos a você quais são as coisas que você acha que seu cão gosta, mas não é assim que funciona.

Pode parecer engraçado, mas não faça coisas que seu cachorro não goste. Mesmo que seu animal de estimação seja o mais maravilhoso da face da Terra, existem coisas que ele não suporta nem de você nem de sua família. É isso mesmo que você está lendo. Os cães têm dificuldade de expressar a insatisfação, mas são detalhes na expressão e nos movimentos que eles fazem que nos mostram seu desagrado. Estas são as coisas de que seu cão não gosta e que nós cismamos que ele gosta:

🐕1.As palavras

Não só pelo fato de nós não compartilharmos a mesma linguagem, mas sim porque os bichinhos tendem a se expressar por meio de expressões corporais. Nós, seres humanos, amamos falar sem parar, inclusive, quando os outros não entendem o que falamos. Os animais de estimação não têm em seu dicionário interno todas as palavras que nós utilizamos.


Mesmo que consigam deduzir algumas porque as ouviram muitas vezes (como, por exemplo, comida, caminhada, passeio, brinquedo, etc.), não nos entendem. Logo, se você quiser que ele cumpra uma ordem, deverá ser direto em como a expressa e, além disso, adestrá-lo várias vezes para que ele tenha a oportunidade de associar uma palavra a uma atividade. Todo o “palavreado” adicional (que pode ser muito bonito e explicar-lhe as razões que motivam sua ida ao trabalho ou porque não lhe trouxe um presente) é blablablá.

🐕2.As varas “bem altas”

Quando estamos brincando com nosso cão em casa ou no parque, uma das brincadeiras que mais praticamos com ele é o típico “levanto uma vara para que salte o mais alto que puder”. Para você, pode ser divertido mas, para ele, não. Além disso, aumentamos seus níveis de ansiedade e angústia.

Além disso, ele pode sofrer problemas físicos, já que saltar na posição vertical causa lesões nas suas patas traseiras. Qualquer brincadeira de que você deseje participar com seu cão deve estar “à altura dele”. Evite também ameaçá-lo, dizendo que vai atirar nele a varinha. E não faça essa brincadeira para poupar o animal de sofrer um sentimento de frustração e de impotência.

🐕3.Os abraços

Ninguém nega que você ama seu animal de estimação e que por isso quer demonstrar seu afeto a toda hora, da mesma forma que faz com um amigo, um cônjuge ou com sua família. No entanto, não agrada muito ao bichinho que você o prenda junto a você e o envolva com seus abraços.

Já que os cães não se abraçam entre si, você pode gerar nele considerável estresse, só porque o está abraçando porque sentiu vontade de fazer isso. Se outro animal puser uma pata nas costas dele, isso é sinal de dominação, não de carinho. Mesmo que você desempenhe o papel de “líder da matilha”, trate de não estabelecer esse tipo de contato com ele. Talvez ele nunca tenha feito nada a você, mas você não sabe como ele pode reagir. Muitos cães mordem ou atacam em situações parecidas a essa, e isso é simplesmente um ato de defesa inconsciente dele.

🐕4.Os carinhos (quando ele sente medo)

Fazer carinho no seu animal de estimação é lindo para ele, porque se sente amado, e com certeza vai pedir a você mais mimos quando você for embora. Contudo, ao se sentir ameaçado ou assustado, essas carícias se tornarão um sinal de alerta ou de que “alguma coisa não vai bem”.

Por exemplo, durante uma tempestade ou nas festas, é provável que ele sinta medo, não cometa o erro de fazer carinho nele ou de abraçá-lo, porque isso aumentará seus medos e seu desespero. O pensamento dele será o seguinte: “algo horrível está acontecendo, por isso estão cuidando de mim mais do que o comum”.

🐕5.Olhar nos olhos dele

Isso se aplica aos cães desconhecidos, porque eles veem essa “afronta” como um perigo ou uma ameaça. Para os cães, o contato visual é muito importante, e se esse se desenvolve de forma prolongada, pode causar nervosismo e incômodo nele. Além disso, ele pode querer atacar você, quando se dirigir a ele.

🐕6.Brincadeiras repetitivas

Além da típica brincadeira da vara no alto, também existe outra que eles odeiam: que você jogue a bola na direção deles muitas vezes. No começo, ele gostará dessa brincadeira, irá buscar com todo prazer e devolverá a você a bola. Mas na quinta vez (por exemplo), ele já estará cansado e entediado. Nesse caso, você não deve forçá-lo a continuar brincando.

Analise bem os sinais que seu animal de estimação dá. Se ele fica olhando para você depois que joga a bola para cima dele, se não corre para buscar, mas sim caminha, ou se, ao invés de devolvê-la a você, ele se dirige para sua casinha ou cama, isso é sinal de que já acabou a brincadeira.



Fonte: meusanimais.com.br

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Por que alguns cachorros atacam seus donos







Caso de jovem que foi morta por seus próprios bichos de estimação levanta a questão: é possível um cão manso atacar sem nenhum aviso?.

por BBCBRASIL.com.

Uma jovem americana que morreu após ser mordida pelos próprios cachorros gerou furor na pequena cidade onde ela morava, no estado da Virginia.

Um rumor se espalhou de que havia um assassino à solta - já que c de 22 anos, havia criado os cães desde filhotes. Eles eram conhecidos por serem dóceis.


Os moradores da cidade estavam tão chocados que a polícia teve que divulgar os detalhes perturbadores da morte para convencê-los de que os cachorros foram responsáveis.

Segundo a polícia, Bethany foi atacada por seus dois pitbulls - Tonka e Pac-Man - durante uma caminhada. Os cães foram encontrados comendo parte das costelas da dona.

O caso levantou a questão: o que faria um cachorro se voltar contra o próprio dono de maneira tão violenta?

Nesse caso específico, ainda não ficou claro - embora testemunhas tenham dito à polícia que os cachorros haviam passado por mudanças na maneira como eram criados e poderiam estar estressados.

Mas, de maneira geral, existe uma série de fatores que podem levar os bichos a se exaltarem.
Bethany Stephens foi encontrada morta na Virginia, após ser mordida pelos próprios cachorros | Foto: CBSFoto: BBCBrasil.com

Eles não gostam de estresse

Segundo Sean Wensley, cirurgião veterinário da ONG PDSA (People's Dispensary for Sick Animals), que trata bichos doentes, cachorros ficam agressivos quando se sentem ameaçados.

"A motivação para eles morderem em geral é o medo", diz ele. "Alguns também podem ser mais territoriais, o que pode resultar em uma agressão se estiverem guardando algo importante para eles, ou defendendo sua caminha favorita, seu potinho de comida."

A treinadora Carolyn Menteith, especialista em comportamento animal, diz que muitos dos ataques acontecem em época de festas, e frequentemente não são os donos que são mordidos.

"O Natal costuma deixar os bichos estressados porque muitos donos pedem para que outras pessoas fiquem com seus cães enquanto fazem compras ou viajam", diz ela. Os cachorros também ficam estressados e confusos com a casa cheia de convidados, crianças empolgadas correndo para lá e para cá, e a queda no número de vezes que são levados para passear.

As festas de ano novo, com explosão de fogos, também são momentos muito difíceis para os cães, que são mais sensíveis para o barulho do que nós.

"Somos uma espécie muito verbal. Quando não estamos nos sentindo confortáveis, dizemos alguma coisa. Mas os cães só têm a linguagem corporal para demonstrar isso."

E é fácil de deixar passar as pistas que eles nos dão, especialmente numa época em que estamos muito ocupados, como no Natal.
Procure por sinais de dor

Independentemente da época do ano, donos de mais de um cão devem checar como eles estão se comportando um com o outro.

"Se eles exibem um comportamento competitivo, podem vir a agredir um ao outro e direcionar também essa agressão para o dono", diz Wensley.

Um cachorro que normalmente é manso tem mais chances de atacar se estiver com dor - quer seja um machucado durante um acidente, quer seja um problema crônico.

Doenças no fígado e tumores no cérebro também podem causar comportamentos imprevisíveis.

Outro potencial risco é se o cachorro tiver sofrido um trauma - ele vai ficar receoso de situações parecidas com aquelas em que estava quando sofreu uma violência. Se tiver sido atropelado por uma bicicleta, por exemplo, pode acabar se tornando agressivo com ciclistas.
Cuidado com as crianças

Dados do sistema de saúde britânico mostram que entre 2014 e 2015 mais de 7 mil pessoas precisaram de atendimento médico depois de serem "mordidos ou atacados" por um cachorro. Crianças pequenas estão entre as mais afetadas - foram 1.159 casos de crianças menores de 9 anos.

Uma pesquisa divulgada no periódico científico BMJ revelou que em 76% dos ataques as crianças foram atingidas nos lábios, no nariz ou nas bochechas, por causa da sua altura. Mordidas no pescoço são especialmente perigosas, porque a criança pode sangrar até a morte caso tenha a artéria rompida.

O veterinário Sean Wensley diz que crianças acendem um sinal de alerta na cabeça dos cães, que tem pouca experiências com elas.

"Um pequeno humano que se comporta de maneira inusitada, que faz barulhos e tenta apertá-los, que os pega no colo, balança as mãos... Isso faz com que eles fiquem com medo."




quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Apenas um Cão













Isso acontece sempre. Alguém pergunta com ar surpreso a você:

-Você deixa de viajar por não ter com quem deixar seu cão?

Sorrio, porque esse alguém não entende o que é: – "apenas um cão"  –

De vez em quando escuto alguém dizer: 

-"Para com isso! É apenas um cão!"

Ou então: 

-"Mas é muito dinheiro para se gastar com ele…é apenas um cão!"

Estas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam "apenas um cão".

Muitos de meus melhores momentos me foram trazidos por "apenas um cão". Por muitas vezes em minha vida, a minha unica companhia era "apenas um cão".

Muitas de minhas tristezas foram amenizadas por "apenas um cão". E nos dias mais sombrios, o toque de "apenas um cão" me deu forças para seguir em frente.

E se você é daqueles que pensam que ele é "apenas um cão", você também deve entender as expressões "apenas um amigo", "apenas um sol", "apenas uma promessa", a lista dos "é apenas" isso ou aquilo é enorme…

"Apenas um cão" deu a minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança e da felicidade.

"Apenas um cão" faz aflorar compaixão e a paciencia, que fazem de mim, uma pessoa melhor.

Porque para mim e para pessoas como eu, não se trata de "apenas um cão", mas da incorporação de todos os sonhos e da esperança do futuro. Das lembranças afetuosas do passado; da pura felicidade do momento presente.

"Apenas um cão" faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia.

Eu espero que algum dia , as pessoas entendam que não é "apenas um cão", mas aquilo que me torna mais humano e permite que eu não seja "apenas um ser humano".

Então, da próxima vez em que você escutar a frase:
-"É apenas um cão"; apenas sorria para essas pessoas porque elas nunca entenderão.

Apenas um Cão circula na Internet com variações, mas não se tem a autoria; seja como for quem redigiu primeiramente, de fato sentia que um cão não é apenas mais isso ou aquilo; é muito mais...




sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Cachorros ajudam crianças autistas







por Katharyne Bezerra(*).





O cachorro é conhecido como omelhor amigo do homem e esta relação foi sendo construída com o passar do tempo através de provas de lealdade e confiabilidade entre ambas as partes. Hoje, a sociedade enxerga os peludos como membros da família, que possuem as mesmas regalias que qualquer outra pessoa da casa. Já para os cães, os seres humanos são os seus protetores, que lhe proporcionam tudo o que é necessário para sobreviver.


Esta relação de amor e companheirismo entre cão e homem acaba sendo benéfica em sentidos ainda mais amplos, como por exemplo a saúde. O convívio com um animal, a participação em brincadeiras, o ato de passear e até mesmo o contato direto com o pet, podem ser soluções para complementar tratamentos alternativos para diversas condições, entre elas o autismo.


De acordo com várias pesquisas, crianças e adolescentes autistas, que crescem ao lado de um animal de estimação, possuem mais chances de se tornarem adultos com mais desenvolvimento de suas habilidades e com maior índice de socialização. Mas, para entender como os cães ajudam pessoas com autismo, é importante entender do que se trata esta condição.
O que é o autismo?


Levando em consideração o último Manual de Saúde Mental (DSM-5), o autismo não é um problema de saúde isolado, mas está relacionado a outros distúrbios como transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger. Assim, os especialistas fundem todos estes problemas em um só, chamado de Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Para o site Autismo e Realidade, o TEA é provocado por desordens no desenvolvimento do cérebro antes, durante ou após o nascimento e implica em dificuldades para se comunicar e ainda em comportamentos repetitivos.

“O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão”, informa o site.



Como os cães podem ajudar os autistas


Pensando em como os cães atuam na vida dos seres humanos, algumas instituições de ensino superior e unidades médicas resolveram ir à fundo na relação entre cachorros e tutores. Um dos estudos foi elaborado pela Universidade de Montreal, no Canadá, que comprovou a eficácia dos animais de estimação na diminuição de ansiedade em crianças autistas. Com 42 pacientes, os especialistas conseguiram perceber o baixo nível de estresse deles quando estavam em contato com cães.


Já para a Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, quando as crianças e os adolescentes crescem junto a um cachorro eles acabam melhorando suas habilidades sociais. Para isso, os pesquisadores compararam a criação de pacientes com e sem cães em casa. O resultado mostra que há maior socialização no caso de crianças que conviveram ao lado de um peludo.


Os especialistas do Hospital de Brest, na França, observaram 260 autistas entre adultos e crianças. A conclusão da pesquisa mostra que o comportamento social dos pacientes é melhor quando estes passam a interagir com cães a partir dos 5 anos de idade. Com os animais, os autistas ficam mais confiantes e solidárias. Desta forma, fica visível o quanto os cães podem trazer benefícios para os autistas.

(*) Katharyne Bezerra é colunista do www.clubeparacachorros.com.br



quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Depressão em cães




Pets também podem sofrer de depressão.

Solidão e mudanças de rotina são causas do problema.


por Alex Bessas(*).








Quem tem animal de estimação sabe. Depois de um dia inteiro fora, a volta para casa é quase sempre momento de entusiasmo para os pets. Ao reverem seus tutores, os bichinhos ficam tão satisfeitos que o sentimento virou expressão: “feliz pra cachorro”.


No entanto, é bom ficar atento, afinal, a tristeza também pode atingir cães e gatos. Uma mudança de rotina, a ausência prolongada ou a perda de um ente querido são algumas das razões que podem desencadear um trauma, terminando em quadros de depressão. Sim, os animais domésticos também sofrem desse mal.


“Não há estudo que associe predisposição a alguma raça específica, certo é que esses animais podem desenvolver depressão”, explica a veterinária Luiza Albuquerque Romualdo. “Eles podem sofrer um grande estresse por uma mudança drástica de hábito, por exemplo, se seu tutor precisar ficar muito tempo fora, ou se for preciso mudar de casa”, cita a especialista.

No caso da ausência prolongada, é bom oferecer alternativas para os animais. “Para os gatos, que têm apego pelo território, o ideal é que algum conhecido vá a casa do tutor para alimentar e fazer companhia para os felinos”. Já os cachorros “podem ser levados para a casa de alguma pessoa com a qual eles tenham vínculos durante esse período”, indica a veterinária

🐕Sinais de alerta. 

Embora sejam casos mais pontuais, mudanças de rotina em geral devem ser pensadas com cuidado para não causar estranhamento nos animais. “O ideal é criar estímulos, por exemplo, dar petiscos antes de sair, para que esses momentos de despedida não sejam associados apenas com algo negativo”, orienta Luiza.


Atentar-se aos sinais que estes animais apresentam é essencial para identificação de possíveis quadros depressivos. “O animal pode começar a se mutilar, se lamber demais até se ferir ou se morder. Pode ficar apático e passar a evitar o contato com seu tutor, reagindo até de forma violenta”, enumera Luiza. Nessa situação, é preciso realizar consulta veterinária. Em alguns casos, a mudança de manejo é suficiente para que o animal supere esse quadro. Em outros, mais severos, é preciso que o profissional administre medicamentos.


Negligenciar o sofrimento dos bichinhos pode trazer consequências severas. Nos felinos, há risco de desenvolvimento de lipidose hepática: doença que aparece quando esses animais deixam de comer – uma das consequências da depressão – e que pode levar à morte. Se o tratamento for corretamente seguido, em alguns meses o pet pode se recuperar.


🐕Diagnóstico

“Para chegar a um diagnóstico seguro de depressão no cão ou no gato, é preciso um cuidadoso exame clínico, verificando a possibilidade de a mudança de comportamento estar associada a outra patologia.”
Luiza Albuquerque - Veterinária
🐕Atos simples ajudam na recuperação


A estudante Thais Afonso, 20, conviveu por 15 anos com Ratinha e há 11 anos cuida de Lambita, suas cachorrinhas de estimação. A cadela mais velha morreu há quatro meses. Sozinha, a mais nova sentiu a dor da perda. “Com a morte da Ratinha, ela começou a desenvolver um quadro depressivo”, lembra a estudante. No total, foram “três semanas sem comer nada”.

Apática, a cachorrinha parecia não ter lugar em casa. “Já estávamos marcando uma consulta para ela, quando uma amiga, de uma ONG de proteção aos animais, sugeriu que a gente adotasse outro cachorrinho”, conta a tutora. A sugestão foi logo aceita e, em semanas, Lambita voltou a ter o comportamento habitual. A veterinária Luiza Albuquerque Romualdo acredita que essa é uma escolha acertada. “Em muitos casos, animais que perdem seus companheiros aceitam bem a presença de um novo integrante, isso é uma boa alternativa. É muito recomendado”, sugere.

(*)Alex Bessas é articulista de otempo.com.br


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Judô para cães







por Alan Rodrigues(*).




Imagens da Pet Olimíadas em 17/08/08 no Rio



Educação, respeito e equilíbrio são atributos que, aliados ao uso da energia física, contribuem para a concentração e o autocontrole. Estudos mostram que crianças, adultos e idosos que praticam esportes, inclusive artes marciais, apresentam um maior domínio da vida, além de menos agressividade.

Pois bem, essa busca pela harmonia comportamental não é mais um privilégio dos seres humanos. Agora, os cães da capital paulista podem contar com um tipo de adestramento inspirado em práticas do judô para ficarem mais calmos, disciplinados e sociáveis. A novidade foi batizada de JuDog, um curso que promete deixar os cachorros mais “zen”. “Os exercícios ajudam a fortalecer o corpo, a mente e o espírito de forma conjunta”, afirma Suzana Pinheiro, especialista em comportamento animal.

Profissional experiente em lidar com pets e sócia-proprietária da Animalz, uma empresa de adestramento de animais, Suzana é a responsável por colocar a ideia – do JuDog – do empresário Ricardo Chen, em prática. Também proprietário da Padaria Pet – uma franquia especializada em petiscaria e confeitaria de alimentos para cães e gatos -, Chen é ex-praticante de judô e se inspirou no esporte como uma inovação para atrair mais clientes para seu comércio. Ele garante que a prática fará o animal ficar mais tranquilo dentro de casa. “O objetivo do curso é de contribuir para que o animal tenha autocontrole no dia a dia, independentemente do que lugar que esteja”, conta ele, um engenheiro mecatrônico que abandonou os laboratórios da USP e resolveu dedicar seus estudos aos animais.

No JuDog, acontecem dez trocas de faixas que duram de seis a oito semanas cada uma em duas aulas semanais por turma, com quatro cães a depender do porte. É necessário que o animal esteja em dia com as vacinas, seja castrado e tenha condições de praticar aulas na presença de outros animais. Para que o cão evolua de faixa, é necessário que haja uma frequência mínima nas aulas e que seja aprovado em avaliação, aplicando o conhecimento adquirido.

Segundo seus criadores, essa iniciativa é a primeira no mundo desse tipo. O “judô para cães” é oferecido em aulas de grupos, sempre na presença do dono. A base do curso é o adestramento com exercícios para o corpo, a mente e o espírito, e não para o combate.

Cães ficam mais calmos

A youtuber Fe Rabaglio aprovou a ideia do JuDog. Tutora de dois “ursinhos” – chow-chow -, que são estrelas do mundo virtual com mais de 40 mil seguidores no Instagram, ela diz que seus cães, que serviram de “cobaias” do judog, estão muito mais sociáveis depois de dois meses no curso. “Eles estão muito mais disciplinados, mais tranquilos e em harmonia”, afirma ela.

“Conforme o cão evolui e entende os sinais, ele vai mudando de faixa até chegar na cor preta”, diz Chen. Ele garante que a boa convivência entre cão e tutor é possível e já foi comprovado resultados eficientes quando se utiliza o conceito do reforço positivo – elogios e carinhos como motivação. “Nos inspiramos no código moral da arte marcial que, dentre outras características, valoriza o respeito para viver de forma harmoniosa”, diz Chen.

A busca por mais qualidade de vida dos animais explica o faturamento de R$ 19,2 bilhões do mercado pet no Brasil registrados este ano, o que representa um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Estimativas de mercado dão conta de que as famílias brasileiras têm despesas que chegam, em média, a R$ 300 mensais destinados aos cuidados com os cães. Já com os gatos, desembolsam R$ 120, em média, para mesmo período.

Para cativar os donos de câes e gatos, Ricardo Chen vem apostando em inovações. Com a colaboração de veterinários e nutricionistas de animais, ele tem investido em pesquisas no setor de alimentos e bebidas para os pets. Há cinco anos nesse mercado, Chen já lançou comidinhas e bebidinhas especiais para os dogs como pão de queijo, cooke, patês, sucos, comidas congeladas e até cerveja. “As pessoas tratam seus animais como filhos, nós apostamos em humanizar essas relações. Se o brasileiro gosta tanto de cerveja, por que não criar uma para acompanhar o dono?”, conta Chen.

A proposta da padaria pet tem um forte apelo para que os animais mais sociáveis e menos agressivos, e assim evitar abandonos. Quando os donos de cachorros são crueis, afirmam especialistas, os animais também ficam agressivos e são logos abandonados.

Animais domésticos no Brasil

O IBGE estima que o Brasil tenha mais 52 milhões de cachorros e 22 milhões de gatos. O País ocupa o 3º lugar no ranking mundial de animais domésticos, em número total, de acordo com dados da Abinpet – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para animais de estimação. A Organização Mundial da Saúde estima que existam mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em grandes cidades brasileiras, para cada cinco habitantes, há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados.

Educação, respeito e equilíbrio são atributos que, aliados ao uso da energia física, contribuem para a concentração e o autocontrole. Estudos mostram que crianças, adultos e idosos que praticam esportes, inclusive artes marciais, apresentam um maior domínio da vida, além de menos agressividade.

Pois bem, essa busca pela harmonia comportamental não é mais um privilégio dos seres humanos. Agora, os cães da capital paulista podem contar com um tipo de adestramento inspirado em práticas do judô para ficarem mais calmos, disciplinados e sociáveis. A novidade foi batizada de JuDog, um curso que promete deixar os cachorros mais “zen”. “Os exercícios ajudam a fortalecer o corpo, a mente e o espírito de forma conjunta”, afirma Suzana Pinheiro, especialista em comportamento animal.




(*) Alan Rodrigues - istoe.com.br

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Um Aplicativo para transportar seu Pet


por Caio Bellandi e Marlos Mendes(*).




Pode não parecer, mas cães e gatos têm necessidades de locomoção parecidas com a dos humanos. Os animais precisam, por exemplo, ir ao veterinário ou ao pet shop para tomar banho e tosar. E foi pensando nessas situações que os empresários Leonardo Mùller e Leo Yalom lançaram, em fevereiro, o aplicativo PetDriver, uma espécie de Uber para os animais domésticos.

O sistema é bem simples e similar aos dos demais aplicativos de mobilidade conhecidos. A diferença é que os carros são adaptados para levar os animais e contam com itens como capa protetora, kit higienizador, coleiras peitorais e focinheiras. “É uma plataforma que conecta os motoristas que gostam de animais e são treinados para levá-los com os tutores de animais e estabelecimentos”, explica Yalom. Para facilitar a vida dos usuários, o animal pode ir sozinho no veículo, caso o tutor não possa o acompanhar na viagem.

🐕Por enquanto, o aplicativo é exclusivo para o Rio de Janeiro

O analista de sistema André Barros, de 35 anos, provou e aprovou o aplicativo. Morador do Andaraí, na Zona Norte do Rio, ele e a esposa, a psicológica Fabiana, precisaram levar Mel, a SRD do casal, ao veterinário. A dócil cachorrinha, de 3 anos de idade, teve uma crise alérgica por conta de um perfume usado no pet shop. 
“Como nosso carro estava na oficina, a gente precisava de um transporte rápido e o aplicativo serviu muito bem”, atesta André. “Como são poucos os táxis que podem ter esse serviço, acabam cobrando mais caro. É bom ter um veículo pronto, adaptado para isso”, diz o usuário, que também é guardião do brincalhão pit-bull Hulk, de 8 anos e um gato.

Para o sócio Leonardo Múller, o sucesso do PetDriver, que tem média de 1500 corridas por mês, se dá pelo fato do sistema humanizar e dar mais tranquilidade aos animais durante uma viagem. 
“Antes, os animais viajavam em caixas de transporte, trancados, sem estímulo visual. Poderiam desenvolver algum tipo de fobia, problema psicológico, alguns ficavam desesperado numa caixa”, argumenta Múller, lembrando que não só cães e gatos podem ser recebidos pelos motoristas e que até uma calopsita já andou em um dos 90 veículos cadastrados para viagens que saem do Rio e Região Metropolitana.

Uma dessas motoristas é Cristiane Sansão, de 45 anos, que saiu do Uber para trabalhar com os animais. “Adoro animais! É mais agradável lidar com bicho, o astral é outro”, conta Cristiane, que há 4 meses dirige para os animais.

Além dos usuários pessoais, a PetDriver tem parcerias com hotéis, empresas ligadas ao mercado pet e clínicas veterinárias. O aplicativo pode ser baixado nas lojas virtuais dos sistemas Android e iOs. (Google Play e Apple Store ou tenha mais informações no site PetDriver)

(*)Caio Bellandi e Marlos Mendes são jornalistas de odia.ig.com.br

domingo, 7 de janeiro de 2018

Forças Armadas da Rússia revelam ‘nova arma’: cachorrinhos fofos







O Ministério da Defesa da Rússia decidiu expandir a prática da utilização de animais para a execução de missões de combate. Por determinação do ministro da Defesa Serguêi Shoigu, mais de 400 recrutas foram enviados para treinamento em uma das especialidades mais raras das Forças Armadas da Rússia, a do comando de cães de guarda e de cães detectores de minas. Ao todo, cerca de 300 cães prestam este tipo de serviço atualmente na proteção das instalações militares e em atividades relacionadas à busca de dispositivos explosivos.

Mas, nesse início de ano o presente das Forças Armadas Russas a tantos quantos viram o vídeo Amigos Fiéis, foram as novas Armas Russas: cachorrinhos fofos.

São filhotes que serão treinados para serem cães militares. 

O vídeo, de 1 minuto, mostra dezenas de cachorrinhos dividindo comida e trocando carinhos entre si. 

Cachorros adultos também aparecem, brincando com militares.

As Forças Armadas russas empregam mais de 3 mil cachorros.

Confira se são ou não uma arma fofa:


Fonte:alagoas24horas.com.br
Fonte: G1



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Fashion dog: cães estão na moda




Por Paloma Oliveto(*).

Giovanna Temellini criando


Cachorros italianos matam fashionistas de inveja e ganham roupas sob medida de grifes famosas, para acompanhar o visual dos tutores.


O projeto, bastante curioso, nasceu em fevereiro da imaginação de Giovanna Temellini, uma milanesa de 57 anos que trabalha com moda há 25. “Tudo nasceu do amor”, diz a estilista e prototipista, que dedica seu tempo livre para ajudar associações de proteção dos animais.

Uma noite, em seu atelier, sua filha disse a ela: “Você faz muitas coisas para todos os cães… Mas, quando chove, o meu fica com as orelhas molhadas”.

Na noite seguinte, uma de suas colaboradoras apresentou uma pequena jaqueta com dois capuzes para as orelhas, combinando com a de sua filha.

Tudo começou aqui


A partir daí, surgiu a ideia de uma oficina de confecção sob medida para cães, “Temellini Dog- A-Porter”, para criar roupas que combinam com os projetos de Giovanna para suas clientes.

A palavra-chave das coleções é elegância, com tecidos de alta qualidade, enfatiza ela que trabalhou para grandes nomes na moda, como Bottega Veneta, Ermanno Scervino ou Armani.


“Sou muito respeitosa e atenta a todas as necessidades do cão, para que a roupa não limite seus movimentos, não o impeça de correr, se sujar, socializar. Recuso-me a fazer coisas que limitam o cão ou o ridicularizam, porque ele se dá conta disso”, afirma Temellini, que possui dois cães da raça galgo afegão, Ulisse e Anubi.



Rejeitando a ideia de criar roupas elásticas para facilitar a tarefa, ela estuda a morfologia de cada animal e estabeleceu cinco categorias de vestimenta (para doberman, basset, galgo…) com entre 6 e 7 tamanhos diferentes.

➤Cães friorentos



Ao receber um pedido, ela mede o tamanho do pescoço do cachorro, do tórax e o comprimento entre o pescoço e a cauda. Seguindo a tabela de tamanhos, verifica onde o animal diverge, e em função disso alarga, estreita ou faz a roupa inteiramente sob medida.

Naturalmente, há em seu escritório manequins de costura em forma de cachorro.

Para Giovanna Temellini, a ideia é oferecer uma coleção adequada para todos os companheiros de quatro patas, incluindo aqueles com deficiências físicas.



Fora de questão colocar material sintético em contato com a pele, nem penas ou peles – “nenhum animal deve aquecer outro animal”.

Em contrapartida, belos tecidos têm seu lugar, de caxemira a alpaca, ideal para proteger cães que sofrem de reumatismo.

Tudo isso tem um preço: uma camiseta de caxemira custa 142 euros, um blazer de lã 212 euros e um casaco com pequeninos bolsos falsos 252 euros.

“Imediatamente me apaixonei pelo trabalho de Giovanna. Ela utiliza tecidos muito finos”, diz Beatrice Gerevini, dona de um basset alemão, Wolfgang.


“É muito difícil encontrar suéter para bassets, que têm uma forma particular. Mas são cães extremamente friorentos”, observa, apontando que Wolfang gosta de usar roupas, ao contrário de seu outro cão.

Para esta estudante de 24 anos, combinar sua própria roupa com a de seu animal de estimação cria “uma conexão com seu cachorro”, o que ela diz ser maravilhoso.

É também “um tipo de brincadeira, uma maneira de ser notada. As pessoas sorriem quando nos veem”.

Entre os muitos fãs de Giovanna Temellini, um homem da região de Bergamo chegou para comprar para a sua cachorrinha, adotada em um abrigo, “um guarda-roupa completo”. Porque depois do que ela viveu, “ela merece”.




(*) Paloma Oliveto: blogs.correiobraziliense.com.br/maisbichos