sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Por que alguns cachorros atacam seus donos







Caso de jovem que foi morta por seus próprios bichos de estimação levanta a questão: é possível um cão manso atacar sem nenhum aviso?.

por BBCBRASIL.com.

Uma jovem americana que morreu após ser mordida pelos próprios cachorros gerou furor na pequena cidade onde ela morava, no estado da Virginia.

Um rumor se espalhou de que havia um assassino à solta - já que c de 22 anos, havia criado os cães desde filhotes. Eles eram conhecidos por serem dóceis.


Os moradores da cidade estavam tão chocados que a polícia teve que divulgar os detalhes perturbadores da morte para convencê-los de que os cachorros foram responsáveis.

Segundo a polícia, Bethany foi atacada por seus dois pitbulls - Tonka e Pac-Man - durante uma caminhada. Os cães foram encontrados comendo parte das costelas da dona.

O caso levantou a questão: o que faria um cachorro se voltar contra o próprio dono de maneira tão violenta?

Nesse caso específico, ainda não ficou claro - embora testemunhas tenham dito à polícia que os cachorros haviam passado por mudanças na maneira como eram criados e poderiam estar estressados.

Mas, de maneira geral, existe uma série de fatores que podem levar os bichos a se exaltarem.
Bethany Stephens foi encontrada morta na Virginia, após ser mordida pelos próprios cachorros | Foto: CBSFoto: BBCBrasil.com

Eles não gostam de estresse

Segundo Sean Wensley, cirurgião veterinário da ONG PDSA (People's Dispensary for Sick Animals), que trata bichos doentes, cachorros ficam agressivos quando se sentem ameaçados.

"A motivação para eles morderem em geral é o medo", diz ele. "Alguns também podem ser mais territoriais, o que pode resultar em uma agressão se estiverem guardando algo importante para eles, ou defendendo sua caminha favorita, seu potinho de comida."

A treinadora Carolyn Menteith, especialista em comportamento animal, diz que muitos dos ataques acontecem em época de festas, e frequentemente não são os donos que são mordidos.

"O Natal costuma deixar os bichos estressados porque muitos donos pedem para que outras pessoas fiquem com seus cães enquanto fazem compras ou viajam", diz ela. Os cachorros também ficam estressados e confusos com a casa cheia de convidados, crianças empolgadas correndo para lá e para cá, e a queda no número de vezes que são levados para passear.

As festas de ano novo, com explosão de fogos, também são momentos muito difíceis para os cães, que são mais sensíveis para o barulho do que nós.

"Somos uma espécie muito verbal. Quando não estamos nos sentindo confortáveis, dizemos alguma coisa. Mas os cães só têm a linguagem corporal para demonstrar isso."

E é fácil de deixar passar as pistas que eles nos dão, especialmente numa época em que estamos muito ocupados, como no Natal.
Procure por sinais de dor

Independentemente da época do ano, donos de mais de um cão devem checar como eles estão se comportando um com o outro.

"Se eles exibem um comportamento competitivo, podem vir a agredir um ao outro e direcionar também essa agressão para o dono", diz Wensley.

Um cachorro que normalmente é manso tem mais chances de atacar se estiver com dor - quer seja um machucado durante um acidente, quer seja um problema crônico.

Doenças no fígado e tumores no cérebro também podem causar comportamentos imprevisíveis.

Outro potencial risco é se o cachorro tiver sofrido um trauma - ele vai ficar receoso de situações parecidas com aquelas em que estava quando sofreu uma violência. Se tiver sido atropelado por uma bicicleta, por exemplo, pode acabar se tornando agressivo com ciclistas.
Cuidado com as crianças

Dados do sistema de saúde britânico mostram que entre 2014 e 2015 mais de 7 mil pessoas precisaram de atendimento médico depois de serem "mordidos ou atacados" por um cachorro. Crianças pequenas estão entre as mais afetadas - foram 1.159 casos de crianças menores de 9 anos.

Uma pesquisa divulgada no periódico científico BMJ revelou que em 76% dos ataques as crianças foram atingidas nos lábios, no nariz ou nas bochechas, por causa da sua altura. Mordidas no pescoço são especialmente perigosas, porque a criança pode sangrar até a morte caso tenha a artéria rompida.

O veterinário Sean Wensley diz que crianças acendem um sinal de alerta na cabeça dos cães, que tem pouca experiências com elas.

"Um pequeno humano que se comporta de maneira inusitada, que faz barulhos e tenta apertá-los, que os pega no colo, balança as mãos... Isso faz com que eles fiquem com medo."




quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Apenas um Cão













Isso acontece sempre. Alguém pergunta com ar surpreso a você:

-Você deixa de viajar por não ter com quem deixar seu cão?

Sorrio, porque esse alguém não entende o que é: – "apenas um cão"  –

De vez em quando escuto alguém dizer: 

-"Para com isso! É apenas um cão!"

Ou então: 

-"Mas é muito dinheiro para se gastar com ele…é apenas um cão!"

Estas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam "apenas um cão".

Muitos de meus melhores momentos me foram trazidos por "apenas um cão". Por muitas vezes em minha vida, a minha unica companhia era "apenas um cão".

Muitas de minhas tristezas foram amenizadas por "apenas um cão". E nos dias mais sombrios, o toque de "apenas um cão" me deu forças para seguir em frente.

E se você é daqueles que pensam que ele é "apenas um cão", você também deve entender as expressões "apenas um amigo", "apenas um sol", "apenas uma promessa", a lista dos "é apenas" isso ou aquilo é enorme…

"Apenas um cão" deu a minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança e da felicidade.

"Apenas um cão" faz aflorar compaixão e a paciencia, que fazem de mim, uma pessoa melhor.

Porque para mim e para pessoas como eu, não se trata de "apenas um cão", mas da incorporação de todos os sonhos e da esperança do futuro. Das lembranças afetuosas do passado; da pura felicidade do momento presente.

"Apenas um cão" faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia.

Eu espero que algum dia , as pessoas entendam que não é "apenas um cão", mas aquilo que me torna mais humano e permite que eu não seja "apenas um ser humano".

Então, da próxima vez em que você escutar a frase:
-"É apenas um cão"; apenas sorria para essas pessoas porque elas nunca entenderão.

Apenas um Cão circula na Internet com variações, mas não se tem a autoria; seja como for quem redigiu primeiramente, de fato sentia que um cão não é apenas mais isso ou aquilo; é muito mais...




sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Cachorros ajudam crianças autistas







por Katharyne Bezerra(*).





O cachorro é conhecido como omelhor amigo do homem e esta relação foi sendo construída com o passar do tempo através de provas de lealdade e confiabilidade entre ambas as partes. Hoje, a sociedade enxerga os peludos como membros da família, que possuem as mesmas regalias que qualquer outra pessoa da casa. Já para os cães, os seres humanos são os seus protetores, que lhe proporcionam tudo o que é necessário para sobreviver.


Esta relação de amor e companheirismo entre cão e homem acaba sendo benéfica em sentidos ainda mais amplos, como por exemplo a saúde. O convívio com um animal, a participação em brincadeiras, o ato de passear e até mesmo o contato direto com o pet, podem ser soluções para complementar tratamentos alternativos para diversas condições, entre elas o autismo.


De acordo com várias pesquisas, crianças e adolescentes autistas, que crescem ao lado de um animal de estimação, possuem mais chances de se tornarem adultos com mais desenvolvimento de suas habilidades e com maior índice de socialização. Mas, para entender como os cães ajudam pessoas com autismo, é importante entender do que se trata esta condição.
O que é o autismo?


Levando em consideração o último Manual de Saúde Mental (DSM-5), o autismo não é um problema de saúde isolado, mas está relacionado a outros distúrbios como transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger. Assim, os especialistas fundem todos estes problemas em um só, chamado de Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Para o site Autismo e Realidade, o TEA é provocado por desordens no desenvolvimento do cérebro antes, durante ou após o nascimento e implica em dificuldades para se comunicar e ainda em comportamentos repetitivos.

“O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão”, informa o site.



Como os cães podem ajudar os autistas


Pensando em como os cães atuam na vida dos seres humanos, algumas instituições de ensino superior e unidades médicas resolveram ir à fundo na relação entre cachorros e tutores. Um dos estudos foi elaborado pela Universidade de Montreal, no Canadá, que comprovou a eficácia dos animais de estimação na diminuição de ansiedade em crianças autistas. Com 42 pacientes, os especialistas conseguiram perceber o baixo nível de estresse deles quando estavam em contato com cães.


Já para a Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, quando as crianças e os adolescentes crescem junto a um cachorro eles acabam melhorando suas habilidades sociais. Para isso, os pesquisadores compararam a criação de pacientes com e sem cães em casa. O resultado mostra que há maior socialização no caso de crianças que conviveram ao lado de um peludo.


Os especialistas do Hospital de Brest, na França, observaram 260 autistas entre adultos e crianças. A conclusão da pesquisa mostra que o comportamento social dos pacientes é melhor quando estes passam a interagir com cães a partir dos 5 anos de idade. Com os animais, os autistas ficam mais confiantes e solidárias. Desta forma, fica visível o quanto os cães podem trazer benefícios para os autistas.

(*) Katharyne Bezerra é colunista do www.clubeparacachorros.com.br



quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Depressão em cães




Pets também podem sofrer de depressão.

Solidão e mudanças de rotina são causas do problema.


por Alex Bessas(*).








Quem tem animal de estimação sabe. Depois de um dia inteiro fora, a volta para casa é quase sempre momento de entusiasmo para os pets. Ao reverem seus tutores, os bichinhos ficam tão satisfeitos que o sentimento virou expressão: “feliz pra cachorro”.


No entanto, é bom ficar atento, afinal, a tristeza também pode atingir cães e gatos. Uma mudança de rotina, a ausência prolongada ou a perda de um ente querido são algumas das razões que podem desencadear um trauma, terminando em quadros de depressão. Sim, os animais domésticos também sofrem desse mal.


“Não há estudo que associe predisposição a alguma raça específica, certo é que esses animais podem desenvolver depressão”, explica a veterinária Luiza Albuquerque Romualdo. “Eles podem sofrer um grande estresse por uma mudança drástica de hábito, por exemplo, se seu tutor precisar ficar muito tempo fora, ou se for preciso mudar de casa”, cita a especialista.

No caso da ausência prolongada, é bom oferecer alternativas para os animais. “Para os gatos, que têm apego pelo território, o ideal é que algum conhecido vá a casa do tutor para alimentar e fazer companhia para os felinos”. Já os cachorros “podem ser levados para a casa de alguma pessoa com a qual eles tenham vínculos durante esse período”, indica a veterinária

🐕Sinais de alerta. 

Embora sejam casos mais pontuais, mudanças de rotina em geral devem ser pensadas com cuidado para não causar estranhamento nos animais. “O ideal é criar estímulos, por exemplo, dar petiscos antes de sair, para que esses momentos de despedida não sejam associados apenas com algo negativo”, orienta Luiza.


Atentar-se aos sinais que estes animais apresentam é essencial para identificação de possíveis quadros depressivos. “O animal pode começar a se mutilar, se lamber demais até se ferir ou se morder. Pode ficar apático e passar a evitar o contato com seu tutor, reagindo até de forma violenta”, enumera Luiza. Nessa situação, é preciso realizar consulta veterinária. Em alguns casos, a mudança de manejo é suficiente para que o animal supere esse quadro. Em outros, mais severos, é preciso que o profissional administre medicamentos.


Negligenciar o sofrimento dos bichinhos pode trazer consequências severas. Nos felinos, há risco de desenvolvimento de lipidose hepática: doença que aparece quando esses animais deixam de comer – uma das consequências da depressão – e que pode levar à morte. Se o tratamento for corretamente seguido, em alguns meses o pet pode se recuperar.


🐕Diagnóstico

“Para chegar a um diagnóstico seguro de depressão no cão ou no gato, é preciso um cuidadoso exame clínico, verificando a possibilidade de a mudança de comportamento estar associada a outra patologia.”
Luiza Albuquerque - Veterinária
🐕Atos simples ajudam na recuperação


A estudante Thais Afonso, 20, conviveu por 15 anos com Ratinha e há 11 anos cuida de Lambita, suas cachorrinhas de estimação. A cadela mais velha morreu há quatro meses. Sozinha, a mais nova sentiu a dor da perda. “Com a morte da Ratinha, ela começou a desenvolver um quadro depressivo”, lembra a estudante. No total, foram “três semanas sem comer nada”.

Apática, a cachorrinha parecia não ter lugar em casa. “Já estávamos marcando uma consulta para ela, quando uma amiga, de uma ONG de proteção aos animais, sugeriu que a gente adotasse outro cachorrinho”, conta a tutora. A sugestão foi logo aceita e, em semanas, Lambita voltou a ter o comportamento habitual. A veterinária Luiza Albuquerque Romualdo acredita que essa é uma escolha acertada. “Em muitos casos, animais que perdem seus companheiros aceitam bem a presença de um novo integrante, isso é uma boa alternativa. É muito recomendado”, sugere.

(*)Alex Bessas é articulista de otempo.com.br


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Judô para cães







por Alan Rodrigues(*).




Imagens da Pet Olimíadas em 17/08/08 no Rio



Educação, respeito e equilíbrio são atributos que, aliados ao uso da energia física, contribuem para a concentração e o autocontrole. Estudos mostram que crianças, adultos e idosos que praticam esportes, inclusive artes marciais, apresentam um maior domínio da vida, além de menos agressividade.

Pois bem, essa busca pela harmonia comportamental não é mais um privilégio dos seres humanos. Agora, os cães da capital paulista podem contar com um tipo de adestramento inspirado em práticas do judô para ficarem mais calmos, disciplinados e sociáveis. A novidade foi batizada de JuDog, um curso que promete deixar os cachorros mais “zen”. “Os exercícios ajudam a fortalecer o corpo, a mente e o espírito de forma conjunta”, afirma Suzana Pinheiro, especialista em comportamento animal.

Profissional experiente em lidar com pets e sócia-proprietária da Animalz, uma empresa de adestramento de animais, Suzana é a responsável por colocar a ideia – do JuDog – do empresário Ricardo Chen, em prática. Também proprietário da Padaria Pet – uma franquia especializada em petiscaria e confeitaria de alimentos para cães e gatos -, Chen é ex-praticante de judô e se inspirou no esporte como uma inovação para atrair mais clientes para seu comércio. Ele garante que a prática fará o animal ficar mais tranquilo dentro de casa. “O objetivo do curso é de contribuir para que o animal tenha autocontrole no dia a dia, independentemente do que lugar que esteja”, conta ele, um engenheiro mecatrônico que abandonou os laboratórios da USP e resolveu dedicar seus estudos aos animais.

No JuDog, acontecem dez trocas de faixas que duram de seis a oito semanas cada uma em duas aulas semanais por turma, com quatro cães a depender do porte. É necessário que o animal esteja em dia com as vacinas, seja castrado e tenha condições de praticar aulas na presença de outros animais. Para que o cão evolua de faixa, é necessário que haja uma frequência mínima nas aulas e que seja aprovado em avaliação, aplicando o conhecimento adquirido.

Segundo seus criadores, essa iniciativa é a primeira no mundo desse tipo. O “judô para cães” é oferecido em aulas de grupos, sempre na presença do dono. A base do curso é o adestramento com exercícios para o corpo, a mente e o espírito, e não para o combate.

Cães ficam mais calmos

A youtuber Fe Rabaglio aprovou a ideia do JuDog. Tutora de dois “ursinhos” – chow-chow -, que são estrelas do mundo virtual com mais de 40 mil seguidores no Instagram, ela diz que seus cães, que serviram de “cobaias” do judog, estão muito mais sociáveis depois de dois meses no curso. “Eles estão muito mais disciplinados, mais tranquilos e em harmonia”, afirma ela.

“Conforme o cão evolui e entende os sinais, ele vai mudando de faixa até chegar na cor preta”, diz Chen. Ele garante que a boa convivência entre cão e tutor é possível e já foi comprovado resultados eficientes quando se utiliza o conceito do reforço positivo – elogios e carinhos como motivação. “Nos inspiramos no código moral da arte marcial que, dentre outras características, valoriza o respeito para viver de forma harmoniosa”, diz Chen.

A busca por mais qualidade de vida dos animais explica o faturamento de R$ 19,2 bilhões do mercado pet no Brasil registrados este ano, o que representa um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Estimativas de mercado dão conta de que as famílias brasileiras têm despesas que chegam, em média, a R$ 300 mensais destinados aos cuidados com os cães. Já com os gatos, desembolsam R$ 120, em média, para mesmo período.

Para cativar os donos de câes e gatos, Ricardo Chen vem apostando em inovações. Com a colaboração de veterinários e nutricionistas de animais, ele tem investido em pesquisas no setor de alimentos e bebidas para os pets. Há cinco anos nesse mercado, Chen já lançou comidinhas e bebidinhas especiais para os dogs como pão de queijo, cooke, patês, sucos, comidas congeladas e até cerveja. “As pessoas tratam seus animais como filhos, nós apostamos em humanizar essas relações. Se o brasileiro gosta tanto de cerveja, por que não criar uma para acompanhar o dono?”, conta Chen.

A proposta da padaria pet tem um forte apelo para que os animais mais sociáveis e menos agressivos, e assim evitar abandonos. Quando os donos de cachorros são crueis, afirmam especialistas, os animais também ficam agressivos e são logos abandonados.

Animais domésticos no Brasil

O IBGE estima que o Brasil tenha mais 52 milhões de cachorros e 22 milhões de gatos. O País ocupa o 3º lugar no ranking mundial de animais domésticos, em número total, de acordo com dados da Abinpet – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para animais de estimação. A Organização Mundial da Saúde estima que existam mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em grandes cidades brasileiras, para cada cinco habitantes, há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados.

Educação, respeito e equilíbrio são atributos que, aliados ao uso da energia física, contribuem para a concentração e o autocontrole. Estudos mostram que crianças, adultos e idosos que praticam esportes, inclusive artes marciais, apresentam um maior domínio da vida, além de menos agressividade.

Pois bem, essa busca pela harmonia comportamental não é mais um privilégio dos seres humanos. Agora, os cães da capital paulista podem contar com um tipo de adestramento inspirado em práticas do judô para ficarem mais calmos, disciplinados e sociáveis. A novidade foi batizada de JuDog, um curso que promete deixar os cachorros mais “zen”. “Os exercícios ajudam a fortalecer o corpo, a mente e o espírito de forma conjunta”, afirma Suzana Pinheiro, especialista em comportamento animal.




(*) Alan Rodrigues - istoe.com.br

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Um Aplicativo para transportar seu Pet


por Caio Bellandi e Marlos Mendes(*).




Pode não parecer, mas cães e gatos têm necessidades de locomoção parecidas com a dos humanos. Os animais precisam, por exemplo, ir ao veterinário ou ao pet shop para tomar banho e tosar. E foi pensando nessas situações que os empresários Leonardo Mùller e Leo Yalom lançaram, em fevereiro, o aplicativo PetDriver, uma espécie de Uber para os animais domésticos.

O sistema é bem simples e similar aos dos demais aplicativos de mobilidade conhecidos. A diferença é que os carros são adaptados para levar os animais e contam com itens como capa protetora, kit higienizador, coleiras peitorais e focinheiras. “É uma plataforma que conecta os motoristas que gostam de animais e são treinados para levá-los com os tutores de animais e estabelecimentos”, explica Yalom. Para facilitar a vida dos usuários, o animal pode ir sozinho no veículo, caso o tutor não possa o acompanhar na viagem.

🐕Por enquanto, o aplicativo é exclusivo para o Rio de Janeiro

O analista de sistema André Barros, de 35 anos, provou e aprovou o aplicativo. Morador do Andaraí, na Zona Norte do Rio, ele e a esposa, a psicológica Fabiana, precisaram levar Mel, a SRD do casal, ao veterinário. A dócil cachorrinha, de 3 anos de idade, teve uma crise alérgica por conta de um perfume usado no pet shop. 
“Como nosso carro estava na oficina, a gente precisava de um transporte rápido e o aplicativo serviu muito bem”, atesta André. “Como são poucos os táxis que podem ter esse serviço, acabam cobrando mais caro. É bom ter um veículo pronto, adaptado para isso”, diz o usuário, que também é guardião do brincalhão pit-bull Hulk, de 8 anos e um gato.

Para o sócio Leonardo Múller, o sucesso do PetDriver, que tem média de 1500 corridas por mês, se dá pelo fato do sistema humanizar e dar mais tranquilidade aos animais durante uma viagem. 
“Antes, os animais viajavam em caixas de transporte, trancados, sem estímulo visual. Poderiam desenvolver algum tipo de fobia, problema psicológico, alguns ficavam desesperado numa caixa”, argumenta Múller, lembrando que não só cães e gatos podem ser recebidos pelos motoristas e que até uma calopsita já andou em um dos 90 veículos cadastrados para viagens que saem do Rio e Região Metropolitana.

Uma dessas motoristas é Cristiane Sansão, de 45 anos, que saiu do Uber para trabalhar com os animais. “Adoro animais! É mais agradável lidar com bicho, o astral é outro”, conta Cristiane, que há 4 meses dirige para os animais.

Além dos usuários pessoais, a PetDriver tem parcerias com hotéis, empresas ligadas ao mercado pet e clínicas veterinárias. O aplicativo pode ser baixado nas lojas virtuais dos sistemas Android e iOs. (Google Play e Apple Store ou tenha mais informações no site PetDriver)

(*)Caio Bellandi e Marlos Mendes são jornalistas de odia.ig.com.br

domingo, 7 de janeiro de 2018

Forças Armadas da Rússia revelam ‘nova arma’: cachorrinhos fofos







O Ministério da Defesa da Rússia decidiu expandir a prática da utilização de animais para a execução de missões de combate. Por determinação do ministro da Defesa Serguêi Shoigu, mais de 400 recrutas foram enviados para treinamento em uma das especialidades mais raras das Forças Armadas da Rússia, a do comando de cães de guarda e de cães detectores de minas. Ao todo, cerca de 300 cães prestam este tipo de serviço atualmente na proteção das instalações militares e em atividades relacionadas à busca de dispositivos explosivos.

Mas, nesse início de ano o presente das Forças Armadas Russas a tantos quantos viram o vídeo Amigos Fiéis, foram as novas Armas Russas: cachorrinhos fofos.

São filhotes que serão treinados para serem cães militares. 

O vídeo, de 1 minuto, mostra dezenas de cachorrinhos dividindo comida e trocando carinhos entre si. 

Cachorros adultos também aparecem, brincando com militares.

As Forças Armadas russas empregam mais de 3 mil cachorros.

Confira se são ou não uma arma fofa:


Fonte:alagoas24horas.com.br
Fonte: G1



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Fashion dog: cães estão na moda




Por Paloma Oliveto(*).

Giovanna Temellini criando


Cachorros italianos matam fashionistas de inveja e ganham roupas sob medida de grifes famosas, para acompanhar o visual dos tutores.


O projeto, bastante curioso, nasceu em fevereiro da imaginação de Giovanna Temellini, uma milanesa de 57 anos que trabalha com moda há 25. “Tudo nasceu do amor”, diz a estilista e prototipista, que dedica seu tempo livre para ajudar associações de proteção dos animais.

Uma noite, em seu atelier, sua filha disse a ela: “Você faz muitas coisas para todos os cães… Mas, quando chove, o meu fica com as orelhas molhadas”.

Na noite seguinte, uma de suas colaboradoras apresentou uma pequena jaqueta com dois capuzes para as orelhas, combinando com a de sua filha.

Tudo começou aqui


A partir daí, surgiu a ideia de uma oficina de confecção sob medida para cães, “Temellini Dog- A-Porter”, para criar roupas que combinam com os projetos de Giovanna para suas clientes.

A palavra-chave das coleções é elegância, com tecidos de alta qualidade, enfatiza ela que trabalhou para grandes nomes na moda, como Bottega Veneta, Ermanno Scervino ou Armani.


“Sou muito respeitosa e atenta a todas as necessidades do cão, para que a roupa não limite seus movimentos, não o impeça de correr, se sujar, socializar. Recuso-me a fazer coisas que limitam o cão ou o ridicularizam, porque ele se dá conta disso”, afirma Temellini, que possui dois cães da raça galgo afegão, Ulisse e Anubi.



Rejeitando a ideia de criar roupas elásticas para facilitar a tarefa, ela estuda a morfologia de cada animal e estabeleceu cinco categorias de vestimenta (para doberman, basset, galgo…) com entre 6 e 7 tamanhos diferentes.

➤Cães friorentos



Ao receber um pedido, ela mede o tamanho do pescoço do cachorro, do tórax e o comprimento entre o pescoço e a cauda. Seguindo a tabela de tamanhos, verifica onde o animal diverge, e em função disso alarga, estreita ou faz a roupa inteiramente sob medida.

Naturalmente, há em seu escritório manequins de costura em forma de cachorro.

Para Giovanna Temellini, a ideia é oferecer uma coleção adequada para todos os companheiros de quatro patas, incluindo aqueles com deficiências físicas.



Fora de questão colocar material sintético em contato com a pele, nem penas ou peles – “nenhum animal deve aquecer outro animal”.

Em contrapartida, belos tecidos têm seu lugar, de caxemira a alpaca, ideal para proteger cães que sofrem de reumatismo.

Tudo isso tem um preço: uma camiseta de caxemira custa 142 euros, um blazer de lã 212 euros e um casaco com pequeninos bolsos falsos 252 euros.

“Imediatamente me apaixonei pelo trabalho de Giovanna. Ela utiliza tecidos muito finos”, diz Beatrice Gerevini, dona de um basset alemão, Wolfgang.


“É muito difícil encontrar suéter para bassets, que têm uma forma particular. Mas são cães extremamente friorentos”, observa, apontando que Wolfang gosta de usar roupas, ao contrário de seu outro cão.

Para esta estudante de 24 anos, combinar sua própria roupa com a de seu animal de estimação cria “uma conexão com seu cachorro”, o que ela diz ser maravilhoso.

É também “um tipo de brincadeira, uma maneira de ser notada. As pessoas sorriem quando nos veem”.

Entre os muitos fãs de Giovanna Temellini, um homem da região de Bergamo chegou para comprar para a sua cachorrinha, adotada em um abrigo, “um guarda-roupa completo”. Porque depois do que ela viveu, “ela merece”.




(*) Paloma Oliveto: blogs.correiobraziliense.com.br/maisbichos

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Calendário de Vacinação do Seu Cão







➤Quais vacinas meu cachorro precisa tomar? E se ele nunca foi vacinado? Quando são essas vacinas? Saiba mais e veja o calendário de vacinação para o seu cachorro.

É importante saber que as vacinas que seu cão deve receber e os intervalos entre as doses devem ficar a critério do veterinário que cuida do seu cão.Buscamos aqui esclarecer as suas dúvidas e disponibilizar um calendário de vacinação pra você acompanhar as vacinas do seu cão. Independentemente das vacinas que o veterinário irá aplicar, as vacinas múltipla (V8 ou V10) e anti-rábica são obrigatórias em qualquer esquema de vacinação.

Os cachorros adultos que nunca foram vacinados ou os filhotes que já passaram da época correta de vacinar precisam receber três doses de vacina múltipla (com intervalo de 21 dias entre elas) e uma dose de vacina anti-rábica. Isso também vale para cães “desconhecidos”, quando não se sabe se foram vacinados um dia. Ou seja, as vacinas V8 ou V10 devem ser dadas quando o cão tiver, respectivamente, 45, 66 e 87 dias de vida. Ao completar 129 dias de vida, os filhotes devem tomar a vacina contra a raiva, garantindo a imunidade de mais uma doença. Ambas as vacinas (v8 + raiva) devem ser refeitas todo ano.

Além dessas vacinas, existe a imunização contra a leishmaniose ou calazar, uma importante zoonose (doença que pode ser transmitida do bicho para os seres humanos). Essa vacina é aplicada em regiões onde a doença é comum e deve ser antecedida de exames para detectar se o cão já tem a doença.

Não se deve vacinar filhotes com menos de 45 dias de idade, a menos que a cadela que deu à luz aos filhotes nunca tenha sido vacinada, pois as vacinas podem ser inativadas pelos anticorpos passados da mãe para a cria. Esse é um dos motivos pelos quais você só deve pegar um filhotinho com 2 a 3 meses de vida, de preferência com no mínimo 2 doses da vacina v8 ou v10 (ou seja, o filhote deve ter 66 dias de vida no mínimo). 


Diferenças entre vacina V8, V10 e V11

Não existe uma melhor que a outra, isso depende. A v8 protege contra as seguintes doenças:

– Cinomose
– Hepatite Infecciosa Canina
– Adenovirose
– Coronavirose
– Parainfluenza Canina
– Parvovirose
– Leptospirose canina

A diferença é que a v10, v11, v12 e etc. incluem outros sorovares da bactéria leptospira. E, embora isso pareça bom, na verdade pode ser em vão. Isto porque cada região tem mais probabilidade para um ou outro tipo. São mais de 250 tipos existentes, e o que reúnem nessas vacinas são aqueles com maior probabilidade, de acordo com a região.

Sendo assim a V10 e a V11 protegem alguns tipos de leptospirose que aqui no Brasil nunca foi encontrado evidência de existir.


Vacina contra giárdia


A maioria dos veterinários recomenda a administração dessa vacina, que não impede totalmente que o cão contraia giárdia, mas vai abrandar os efeitos da giardíase. Ou seja, o cachorro pode até ter giárdia, mas de uma forma mais branda. Essa vacina é feita em 2 doses com intervalo de 15 dias.

Reações da vacina em filhotes

É comum algumas alterações no comportamento de cães vacinados:

– febre
– edema na região onde foi aplicada a vacina (inchaço)
– prostração (o cão fica “pra baixo” e desanimado)

Esses efeitos devem passar em 24 horas, avise sempre seu veterinário sobre qualquer mudança no comportamento do seu cachorro.

➤Calendário de Vacinação


No dia da vacinação recomenda-se:

– Cães dóceis devem estar com coleira e guia, ser conduzidos por pessoas com tamanho suficiente para controlá-los e contê-los na hora de tomar a vacina.
– Crianças não devem levar os animais para vacinar.
– Animais bravos devem estar com focinheira para não oferecer nenhum risco de agressão ao proprietário ou outras pessoas.
– Gatos são naturalmente muito assustados e devem ser levados em caixas de transporte ou similar, para evitar fuga ou acidentes.
– Animais doentes não devem ser vacinados. Exemplos: animais com diarreia, secreção ocular ou nasal, sem apetite, animais que estão convalescendo de cirurgias ou outras enfermidades.



Fonte: tudosobrecachorros.com.br


segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Por que os cachorros fazem cara de culpado?






por Andrezza Oestreicher(*).




A carinha com olhar triste e orelhas baixas nem sempre significa que os cães aprontaram algo ou que estão realmente se sentindo culpados por alguma coisa


Muitas pessoas ficam até impressionadas com a carinha de culpado que seus cães costumam fazer quando eles aprontam algo e são descobertos. A sensação que dá é de que esses cachorros sabem que fizeram coisa errada e por isso fazem a carinha, como se estivessem demonstrando vergonha ou até remorso pelo erro.

Os olhos meio tristonhos, as orelhas baixas, o rabo entre as pernas e o fato de evitarem olhar diretamente para o tutor faz com que se acredite que o animal está com vergonha do que fez. Mas nem sempre é bem assim.

De acordo com pesquisas, esse comportamento do cachorro não quer dizer que ele está com vergonha ou remorso, mas pode ser apenas uma reação ao ver seu tutor irritado, chateado ou brigando.



Dois estudos, um liderado por Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal, e outro por Julie Hecht, pesquisadora de comportamento animal, mostraram que quando um cão é confrontado por um tutor irritado ou chateado, ele é mais propenso a apresentar o olhar culpado, independente de ter alguma culpa real ou ser inocente.

Ambos os estudos envolveram comida e o fato de os tutores falarem para seus animais que eles não poderiam comer aquilo que estava ao seu alcance. Alguns animais desobedeceram às ordens e comeram, outros não. Porém, as pesquisadoras puderam perceber que as reações de culpa dos cães não estavam relacionadas com suas ações.

“Não encontramos diferença nos cumprimentos (quando os animais se reencontraram com seus tutores) entre cachorros que comeram alimentos e cachorros que não. Nem os proprietários podiam dizer se seus cães haviam comido a comida na ausência deles.”



O que Alexandra Horowitz conseguiu concluir foi que o comportamento dos cães estava diretamente ligado às reações dos tutores à situação. Os cães só passavam a apresentar o sentimento, e a carinha, de culpa, a partir do momento em que ele percebia que estava sendo censurado ou repreendido por seu tutor.

Quando um humano parece chateado, seu cachorro geralmente responde com gestos calmos e serenos com o intuito de diminuir a raiva e até evitar uma possível agressão contra ele.

Esse comportamento de mostrar um olhar tristonho, as orelhas baixas, o rabo entre as pernas e o não querer encarar é uma forma que o cachorro tem de se mostrar um animal menor e nada ameaçador.


Mas, espertos como são, alguns cães também aprendem a associar situações específicas, como mexer no lixo, no papel do banheiro ou comer o que não deveria, com o comportamento irritado do seu tutor. E aí, quando isso acontece, o animal faz a carinha de culpado com o intuito real de amolecer seu humano e evitar uma repreensão.

É importante saber que a carinha de culpado do cão pode não significar que ele aprontou algo para que os tutores se certifiquem sobre o que aconteceu antes de brigar e repreender o pet sem motivos. Às vezes, o cachorro pode apenas estar com medo de algo ou estar respondendo a um comportamento estressado do tutor, que também pode nem perceber que está parecendo irritado para o animal.


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