sábado, 28 de julho de 2012




(Texto escrito por Rebeca Tosta Reis, voluntária da ONG ComPaixão Animal)

Tem uma frase que a minha mãe sempre diz e que eu sempre lembro em determinadas situações: “a idade é implacável”. Sim, meus amigos, o tempo passa. E não apenas para nós, seres humanos. Nossos bichinhos também sentem o peso da idade chegar, em um tempo menor que o nosso, considerando que a sua expectativa de vida é menor que a dos seus amigos homens.

A coluna desta semana é, portanto, dedicada a eles. Senhores e senhoras de quatro patas. Que ao longo do tempo perdem a vitalidade, passam a dormir mais que antes, aumentam de peso e se melindram com qualquer coisa. Sim, a senilidade atinge os cães e gatos de uma forma bem semelhante a dos humanos.

Ao adotar ou comprar um animal de estimação, dificilmente pensamos nessa época da vida, afinal, temos nas mãos um filhote cheirando a leite, cheio de energia e pronto para destruir o seu sofá ou sapato. Quando as pessoas adquirem um cachorro ou um gato, não pensam muito no fato de que ele irá crescer e envelhecer, tal como nós.

É possível ver que a senilidade chegou quando seu peludo passa a dormir por mais tempo, e a preferir passeios mais curtos. Acompanhar você naquele percurso longo do parque? Só uma voltinha, por favor! Eles ficam cansados mais rapidamente e ganham um pouquinho de peso.

O cuidado, portanto, é triplicado. Você deve se preocupar com a alimentação dele ou dela, observar se está bebendo muita água, se sua mobilidade parece estar dificultosa, enfim, deve ser um dono ainda mais atento. Mas o principal é: redobre o carinho! Cães e gatos idosos são muito sentimentais! A minha filha, por exemplo, hoje aos 11 anos, fica realmente aborrecida quando meu sobrinho vem nos visitar, tem crises de ciúmes gigantes e dá um “gelo” em todo mundo que brinca com o bebê, mesmo depois que ele foi embora… E se passamos muito tempo fora de casa, ao chegarmos há sempre um presente (xixi ou cocô) no quarto. É um protesto contra o abandono!

Como lidar com isso? Não sou veterinária, tampouco adestradora. Divido aqui uma opinião, apenas. Em vez de brigar, não faço nada. Recolho o “presente” que foi feito no lugar errado (de propósito), e jogo o sapatinho barulhento para ela ir buscar. Não brigo porque sei que ela SABE onde deve fazer suas necessidades. Como disse antes, foi uma forma de protestar…

Levo-a ao veterinário sempre que noto algo fora do comum. E isso não é só com ela… O número de visitas ao amigo vet também aumenta, não é isso que acontece com nossos avós?

O pior mesmo da velhice desses amigos é saber que a hora do adeus se aproxima. Isso sim, é o mais difícil. Afinal, Foram 10, 15 anos de convivência. Por isso, quando a idade do seu amigo peludo for aumentando, aproveite para valorizar os momentos que passa com ele. Nunca estamos preparados para a partida, por isso, o melhor a fazer é aproveitar os bons momentos.

Por fim, deixo aqui um recado para os leitores que estão pensando em adotar, ou até mesmo comprar um animal de estimação: o amor que você dará a ele ou ela é suficiente para cuidar devidamente dele até o fim? Quando a velhice chegar, você vai poder dar uma ração adequada para a sua idade, pagar veterinário a cada seis meses e redobrar a atenção dispensada? Lembre-se: animais não são descartáveis! E quanto mais velhinhos, mais dependentes. Pense bem antes de adquirir um peludo para chamar de seu…

De qualquer forma, fica aqui o meu relato: não há dinheiro no mundo que pague a lealdade e a alegria que um animal de estimação traz a sua vida. Portanto, cada centavo gasto em consultas e exames, cada tempinho gasto penteando seu pelo, dando-lhe remédio ou limpando suas necessidades, é recompensado milhares de vezes com um olhar cúmplice, uma lambida de apoio, um latido para encher a casa, uma companhia para qualquer hora e que nada cobra, enfim, um verdadeiro amigo.

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